2009-10-14 09:37:00
A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, afirmou nesta terça-feira que, caso confirmado seu nome como a candidata do PT à sucessão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, ela pode deixar o Executivo federal em fevereiro para se dedicar integralmente à campanha. Apesar de adotar o tom de cautela ao falar da corrida presidencial de 2010, a ministra, que se reuniu ontem à noite para discutir o possível apoio do Partido da República (PR) à sua candidatura, disse que existe a “possibilidade” de ela se afastar de suas funções no governo federal.
Pela legislação eleitoral, os candidatos precisam deixar os cargos públicos seis meses antes do pleito, o que significa em meados de abril. “Se eu for a candidata, é uma possibilidade (deixar a Casa Civil antecipadamente). Essas coisas a gente não discute a hipótese”, comentou. “A gente não pode discutir a hipótese. Acho que tem de aguardar para ver como é que ficam essas definições daqui para a frente”.
“Vamos discutir a conjuntura nacional e como é que fica para todos nós, não uma candidatura propriamente dita, mas a nossa contribuição para fazer que o projeto do presidente Lula tenha um terceiro mandato”, afirmou a ministra. Questionada, Dilma evitou comentar as declarações do presidente do PT, Ricardo Berzoini, que disse que o PMDB pode se considerar o vice da chapa de Dilma em 2010.
“Não posso assumir uma posição dessas (do PMDB como vice) porque eu teria de assumir que sou a pessoa indicada (pelo PT), e eu não sou isso ainda. O presidente Berzoini pode falar dos vices na chapa do PT”, afirmou. “Ele está mandatado para fazer isso”.