2009-05-30 12:07:00
Discutida desde 1991, ano da criação do bloco econômico, a Polícia do Mercosul ou “Mercopol” pode finalmente sair do papel. Nesta sexta-feira (29), ministros da área de segurança dos países membros e associados reuniram-se para debater o tema na capital paraguaia, Asunción.
De acordo com o jornal La Nación, o Brasil esteve representado no evento pelo ministro da Justiça, Tarso Genro, enquanto Aníbal Fernández representou a Argentina, Daisy Tourne o Uruguai e Rafael Filizzola (Interior) e Humberto Blasco (Justiça e Trabalho) o Paraguai.
Uma das conclusões do encontro foi, justamente, a necessidade de unificar critérios para combater crimes que atravessam fronteiras, como o tráfico de drogas, armamentos e a exploração sexual de mulheres e menores. Neste contexto, ganhou força, uma vez mais, o projeto de criação da Mercopol.
"É uma iniciativa que está começando a ser discutida. Temos experiências similares com a AMERIPOL (Comunidade das Polícias da América) pontualmente, nas quais compartilhamos informações e estabelecer cooperações", disse o ministro paraguaio do Interior, Rafael Filizzola, à Agência EFE.
Humberto Blasco, por sua vez, apontou que “esta é uma maneira de avançar na consolidação do bloco Mercosul, no tratamento de temas que são comuns e que, logicamente, afetam nossas instituições”.
“A intenção é criar equipes de trabalho conjuntas, para a perseguição penal destes três tipos de delitos: narcotráfico, corrupção e tráfico de pessoas, que são tipos sumamente graves e que afetam a democracia”, revelou. “A soma dos esforços permitirá uma luta com mais eficácia e eficiência”.
Um dos defensores da ideia da Mercopol, precisamente, é o Brasil, país que pelo tamanho de seu território e população, é o destino natural de grande parte das drogas e armas ilegais. No Paraguai, plantações de maconha e estruturas mafiosas estão, não por acaso, afincadas nas proximidades da divisa com o Brasil.
