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sexta-feira, 29 de março de 2024

Exército fecha a fronteira com 850 homens e 300 viaturas

2009-04-04 14:39:00

Com 850 homens e 300 viaturas incluindo helicópteros, o Exército Brasileiro fechou cerca de 650 quilômetros da região de fronteira do Brasil com o Paraguai. A operação denominada de Atalaia I teve início à 0h de quarta-feira e não tem data para ser encerrada. Logo no início da operação um desconhecido avançou sobre a barreira e conseguiu fugir depois de perseguição na linha divisória dos dois países.

A operação mobiliza militares fortemente armados e tanques de guerra do 11º Regimento de Ponta Porã, 10º de Bela Vista e 17º de Amambaí, atingindo da região de Caracol até Mundo Novo, área militar que está sob o comando da 4ª Brigada de Cavalaria Mecanizada, cuja sede fica em Dourados. Antes do início dos trabalhos, o general Luiz Felipe Kraemer Carbonell, juntamente com seu Estado-Maior, revisou a matriz de sincronização, para dar início à inspeção aos Pontos de Bloqueio e Controle de Estradas (PBCE).

O trabalho desenvolvido pelos militares do Exército visa o combate aos crimes transfronteiriços, descaminho de mercadorias e crimes ambientais, atribuição que lhe é conferida pela Lei nº 117, a qual garante o poder de polícia. Conforme as informações do General Carbonell, foram estabelecidos 12 Pontos de Bloqueio e Controle de Estradas fixos e inúmeros postos móveis, além de ser executado o patrulhamento de mais de três mil quilômetros de estradas vicinais. Em todas as atividades a serem desenvolvidas o Exército conta com o efetivo e tradicional apoio dos órgãos de segurança pública federais, estaduais e municipais, particularmente nas ações de apreensão de mercadorias ilegais.

 Ontem, logo após o lançamento da Operação Atalaia I, no Posto Pacuri, na BR-463, o coronel Peres, do setor de relações públicas da 4ª Brigada, informou ao site Repórter MS, que foram mobilizados 850 homens para fiscalizar os 650 quilômetros de fronteira. Ele disse que são 300 viaturas fazendo a fiscalização das principais rodovias que dão acesso ao Paraguai, coibindo dessa forma os mais diversos tipos de crimes. “É uma operação que tem a credibilidade do Exército Brasileiro e que visa o treinamento permanente dos militares, sendo realizada dentro da legalidade e profissionalismo”, ressaltou.
 
Paraguai

O cônsul do Paraguai em Ponta Porã, Luís Sosa, acompanhado da vice-cônsul, Nancy Cañete Quevedo, acompanharam juntamente com o comandante do 11º RCMec, Tenente-Coronel, Fernando Monteiro de Castro, o lançamento da Operação Atalaia I no Posto Pacuri. Sosa disse que oficiais paraguaios foram convidados a participar como observadores, mas que em virtude de agenda não estariam presentes.

 Ao falar sobre críticas publicadas pela imprensa paraguaia sobre operações desenvolvidas na faixa de fronteira, o cônsul paraguaio disse que “as críticas não representam o sentimento do povo paraguaio. A imprensa é livre e o que sai em um artigo ou editorial é talvez a opinião de apenas um ou de um e seu editor. Achamos importante esse trabalho e o Consulado tem trabalhado com cooperação com o Brasil”.

 Luís Sosa avaliou como bastante positiva a operação. “Acho até que precisa ser com mais freqüência esse tipo de trabalho para combater o crime organizado. Acredito que se houver colaboração, podemos desenvolver trabalhos em conjunto. Vejo com bons olhos e jamais poderíamos estar em desacordo com uma ação que visa combater crimes, principalmente o narcotráfico”, destacou.

 Bloqueio furado

 Logo pela manhã do primeiro dia da Operação Atalaia no Posto Aquidában, na MS-164, um desconhecido que ocupava uma caminhonete de cor preta, provavelmente uma Toyota Hilux ou uma Ford Ranger, assim que teve a frente liberada por um caminhão que estava parado no posto de fiscalização, avançou sobre a cerca de arame farpado e fugiu em uma estrada vicinal.

 O Tenente-Coronel Monteiro de Castro, disse que os militares atiraram para o auto para fazer o desconhecido parar, mas o mesmo não obedeceu. “Foi iniciada perseguição e acionado os postos policiais através do telefone 190, mas o desconhecido conseguiu fugir. Ele seguiu no território brasileiro, pegando uma estrada vicinal”, disse ao Repórter MS. O veículo pode ser produto de roubo ou estaria sendo utilizado para o tráfico de drogas.

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