2008-10-28 23:48:00
Representantes de sindicatos e associações de todo o Brasil prometem uma paralisação nacional nesta quarta-feira, 29, em apoio à greve da Polícia Civil de São Paulo.
Na quinta, uma audiência pública na Assembléia Legislativa de São Paulo está marcada para discutir com os deputados projetos para a reforma da polícia.
Os sindicalistas defenderam que haja nova manifestação na frente do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo do Estado, se as propostas de reajuste não avançarem na Assembléia. No dia 16 de outubro, uma manifestação dos grevistas acabou em confronto com policiais militares.
Em greve desde o dia 16 de setembro, sindicatos e associações de policiais civis decidiram aumentar a pressão sobre o governo do Estado. Na manifestação feita na segunda, eles conseguiram reunir 7 mil policiais civis, segundo os organizadores – e mais de 3 mil, de acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
"A quantidade de pessoas na manifestação é importante para mostrar que o movimento não tinha fins eleitoreiros. Queremos ver agora qual vai ser a desculpa do governador (José Serra)", repetia o presidente do Sindicato dos Investigadores da Polícia Civil, João Rebouças, durante a caminhada que começou na Praça da Sé e seguiu até a sede da Delegacia-Geral de Polícia, na Rua Brigadeiro Tobias, passando pela Secretaria da Segurança Pública.
Do outro lado, fontes do governo do Estado afirmam que um dos problemas para negociar o fim da greve é que o movimento tenha uma pauta única e não mude os itens em discussão a cada conversa.
Um dos problemas levantados pela administração estadual é a grande quantidade de entidades envolvidas nas conversas – cerca de 18 – com pedidos diferentes a cada reunião. Segundo fontes no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, não é possível equiparar salários de alguns segmentos da Polícia Civil com o de magistrados, que estão em torno de R$ 19 mil mensais.
