2018-11-25 11:02:00
Foi divulgado na sexta-feira (23), pelo Conselho Curador do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), que orçamento destinado a construçaõ de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida diminuirá, de R$ 85,5 bilhões para R$ 78,6 bilhões em 2019.
Segundo informado pelo conselho, a queda deveu-se principalmente à redução das disponibilidades do Fundo com o saque das contas inativas e ao declínio no rendimento das aplicações do FGTS, em função da redução da taxa de juros (Selic).
O setor habitacional deverá receber R$ 66,1 bilhões (menos que os R$ 69,5 bilhões orçados para 2018), sendo R$ 61,4 bilhões para a habitação popular no âmbito do programa Minha Casa Minha Vida (menos que os R$ 62 bilhões previstos para este ano).
O orçamento prevê mais R$ 4 bilhões para projetos de saneamento (inferiores aos R$ 6,9 bilhões orçados para 2018) e R$ 5 bilhões para obras de infraestrutura urbana (menos que os R$ 8,7 bilhões previstos para este ano).
A novidade ficou por conta de uma nova rubrica, estabelecida em função da Medida Provisória que autorizou a destinação de recursos do FGTS para santas casas e hospitais filantrópicos. No orçamento de 2019, o Conselho Curador do Fundo destinou R$ 3,5 bilhões em empréstimos a esses estabelecimentos de saúde.
Segundo o Plano de Contratações e Metas Físicas do orçamento do FGTS, os recursos investidos em habitação beneficiarão 500 mil famílias, com a geração de 1,3 milhão de empregos. Os investimentos em saneamento deverão beneficiar 5 milhões de famílias, gerando 92,4 mil empregos, e as aplicações em infraestrutura, 115,5 mil empregos.
Já no orçamento plurianual, o valor para habitação popular repete-se para 2020, porém com ligeiro declínio para 2021 e 2022: caindo de R$ 61,3 bilhões para R$ 60,3 bilhões.
Também os valores para saúde cairão lentamente, de R$ 3,5 bilhões em 2019, até atingirem R$ 3,4 bilhões em 2022. Saneamento e infraestrutura manterão os mesmos valores de 2019 para os anos seguintes: R$ 4 bilhões e R$ 5 bilhões, respectivamente.