2018-01-24 16:56:00
Três desembargadores do Tribunal Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre, estão reunidos nesta quarta-feira para decidir se mantêm ou não a sentença do juiz Sergio Moro contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Até o momento, dois de três desembargadores já votaram: João Pedro Gebran Neto e Leandro Paulsen votaram por manter a condenação de Lula por corrupção passiva e lavagem de dinheiro e pelo aumento da pena do ex-presidente a 12 anos de prisão.
O petista havia sido condenado a nove anos e seis meses de prisão pelo crime de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ele é acusado de ter recebido um apartamento tríplex no Guarujá (SP) da empreiteira OAS como propina em troca de contratos fraudulentos com a Petrobras.
Lula nega a prática de crimes.
A previsão é que o julgamento, que começou às 8h30, se estenda até a tarde desta quarta-feira. Pode haver, no entanto, pedido de vista de algum dos desembargadores, o que exigirá que seja marcada uma nova data para a conclusão do julgamento.
Condenado, Lula corre o risco de ser barrado da disputa presidencial pela Lei da Ficha Limpa. Mas ainda terá direito a recursos contra essa eventual decisão.
Primeiro a votar, o relator do caso, desembargador João Pedro Gebran Neto, confirmou a condenação do petista. Ele ampliou a pena para 12 anos e 1 mês de prisão, afirmando que o ex-presidente foi um dos "principais articuladores, senão o principal", do esquema de corrupção na Petrobras.
Leandro Paulsen, revisor do caso, acompanhou na íntegra o voto do relator. Ele abriu sua fala abriu sua fala negando que o julgamento de Lula tenha motivações políticas e afirmando que nenhum presidente "está acima do bem e do mal".
O último a votar é o desembargador Victor Luiz dos Santos Laus.
A quadra do tribunal está isolada por barreiras de segurança para impedir a entrada de manifestantes.