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terça-feira, 23 de abril de 2024

Juros do cheque especial sobem e atingem novo recorde, diz BC

2016-07-27 18:03:00

Os juros médios cobrados pelos bancos nas operações com cheque especial avançaram em junho, segundo números divuglados nesta quarta-feira (27) pelo Banco Central. No entanto, no caso do cartão de crédito, a taxa recuou.

JURO DO CHEQUE ESPECIAL
em %

246,9253,2263,7278,1284,9287292,3293,9300,8308,7311,5315,7em %Jul/15Ago/15Set/15Out/15Nov/15Dez/15Jan/16Fev/16Mar/16Abr/16Mai/16Jun/16240260280300320

Fonte: BCB

No cheque especial, os juros subiram de 311,5% em maio para 315,7% ao ano em junho – a maior taxa desde o início da série histórica, em julho de 1994, ou seja, em quase 22 anos.

Nos primeiros seis meses do ano, a taxa subiu 28,7 pontos percentuais e, em 12 meses até junho, 74,4 pontos percentuais.

Se a taxa de juros é alta para o cheque especial, ela pode ser considerada proibitiva para o cartão de crédito rotativo. Segundo o Banco Central, os juros médios cobrados pelos bancos nestas operações ficaram em 470,9% ao ano em junho, contra 471,5% ao ano em maio.

No acumulado do semestre, houve um aumento de 39,5 pontos percentuais nos juros do cartão de crédito rotativo e, em 12 meses até maio, uma alta de expressivos 99,4 pontos percentuais.

Os juros do cartão de crédito rotativo e do cheque especial estão entre os mais altos do mercado. Esses empréstimos, alertam os especialistas, só devem ser utilizados em momentos de emergência e por um prazo curto. A recomendação de economistas é que os clientes bancários paguem toda a sua fatura do cartão no vencimento, não deixando saldo devedor.

Consignado, pessoal e veículos

No caso das operações de crédito pessoal para pessoas físicas (sem contar o consignado), a taxa média de juros cobrada pelos bancos somou 128,3% ao ano em junho, contra 129,8% em maio.

Nesse caso, houve uma queda de 1,5 ponto percentual em junho, mas, no ano, ocorreu um aumento de 10,6 pontos percentuais.

Ainda segundo o BC, a taxa média de juros cobrada pelas instituições financeiras nas operações do crédito consignado (com desconto em folha de pagamento) somou 29,4% ao ano em junho – o que representa uma queda de 0,2 ponto percentual em relação a maio (29,6% ao ano).

No ano, a taxa para o consignado subiu 0,6 pontos percentuais e, em 12 meses, 2,1 pontos percentuais.

Segundo o BC, a taxa média de juros para aquisição de veículos por pessoas físicas, por sua vez, somou 26% ao ano em junho, contra 26,3% ao ano em maio. Neste caso, houve uma queda de 0,3 ponto percentual no mês passado e uma alta de 1,3 ponto percentual em 12 meses.

Taxa média dos bancos

A taxa média de juros cobrada pelos bancos e a inadimplência das suas operações com recursos livres (excluindo crédito imobiliário, rural e do BNDES) voltaram a subir em junho.

Os juros bancários médios, ainda com recursos livres, ficaram estáveis em 52,2% ao ano. Já a inadimplência destas operações, para pessoas físicas e para empresas, atingiu o patamar de 5,6% em junho.

Pessoas físicas e empresas

O BC informou que a taxa de inadimplência das pessoas físicas, nos empréstimos bancários com recursos livres, que mede atrasos nos pagamentos acima de 90 dias, somou 6,1% em junho, após chegar a 6,3% em maio.

No caso dos juros bancários, os números do Banco Central mostram as taxas cobradas das pessoas físicas recuaram 0,3 ponto percentual em junho, para 71,4% ao ano (também o maior da série.

'Spread' bancário

Com a queda dos juros bancários para pessoas físicas em junho, houve recuo do chamado "spread bancário" – que é a diferença entre a remuneração paga pelos bancos sobre os recursos capitados e quanto cobram nas operações de crédito.

Em maio deste ano, o "spread" nas operações com pessoas físicas somava 58,7 pontos percentuais. Em junho, recuou para 58,5 pontos percentuais. Deste modo, o spread continua em um patamar historicamente elevado. Em 12 meses, houve um forte aumento de 13,4 pontos percentuais.

O "spread" é composto pelo lucro dos bancos, pela taxa de inadimplência, por custos administrativos, pelos depósitos compulsórios (que são mantidos no Banco Central) e pelos tributos cobrados pelo governo federal, entre outros.

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