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Lista de bilionários bate recorde em 2011 e traz 30 brasileiros

2011-10-26 16:48:00

A Forbes, revista norte-americana de finanças e economia, é conhecida no mundo inteiro por suas listas anuais, com rankings das melhores universidades, dos artistas mais influentes, das maiores empresas, das mulheres mais poderosas – na qual, em 2011, a presidente Dilma Rousseff ficou em terceiro lugar, atrás apenas de Hillary Clinton e Angela Merkel – e a mais famosa e aguardada de todas: a dos bilionários.

A última relação, divulgada em março de 2011, quebrou o recorde de número de bilionários. Este ano, são 1.210 ante 1.011 de 2010. O maior número contabilizado até então havia sido em 2008, com 1.125 bilionários. “De 214 novos nomes na lista, 108 são dos BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). Isso pode ser explicado pelo aumento nos preços do aço e do petróleo na Rússia, pela divulgação de dados mais transparentes no Brasil e pela expansão nas economias da China e da Índia”, comenta o economista Carlos Abati. A China possui 115 pessoas na lista, a Rússia contabiliza 101, a Índia tem 55 e o Brasil tem 30.

A soma da fortuna de todos os bilionários citados na lista chega ao montante de US$ 4,5 trilhões. A revista avalia a riqueza e os bens de bilionários em todo o mundo. “Essas listas – que não são feitas apenas pela revista Forbes, mas também por outras revistas, periódicos e empresas de estatística – avaliam os bens e riquezas de grandes empresários – divulgados por eles próprios ou pesquisados. Eles fazem uma média de quanto valem as empresas, as ações ou outros tipos de investimentos como imóveis e até o quanto valem mansões, jatinhos e tudo o que esses executivos consomem”, afirma Abati.

Os números, porém, não significam que os bilionários têm a quantia calculada guardada no banco ou na carteira. “Tudo que a pessoa possui e até bens imateriais e inexistentes fisicamente – como lucro em ações – são levados em consideração”, explica o economista.

O sociólogo Paulo Campos explica porque a lista faz tanto sucesso. “O ser humano tem essa necessidade de ter conhecimento do poder. Gostamos, temos curiosidade de saber quem é o mais rico, o melhor, o mais influente da nossa sociedade e o que ele faz para ser ou ter tudo isso”, explica.

Os dez mais

O mexicano Carlos Slim Helu ocupa o primeiro lugar entre os mais ricos desde 2010, quando substituiu o americano Bill Gates, que está agora em segundo. Helu, de 71 anos, adquiriu sua fortuna de US$ 74 bilhões por meio da indústria de telecomunicações. Ele é presidente da Telecom, que engloba empresas como Embratel e Claro. “Ele sabe administrar muito bem seu dinheiro, é capaz de se manter no topo por alguns anos ainda”, aposta Abati.

Bill Gates, fundador da Microsoft, foi o homem mais rico do mundo em 2009. “Mesmo tendo sido passado pelo mexicano, ainda é o mais famoso e quem não acompanha a lista, continua achando que ele é o homem mais rico do mundo até hoje. É o tipo de coisa que deixa marca”, diz Campos. Aos 55 anos, Bill Gates tem uma fortuna de U$$ 56 bilhões e, a cada ano, faz doações milionárias.

Na terceira posição, com US$ 50 bilhões, está Warren Buffett. Aos 81 anos, o americano é presidente da empresa Berkshire Hathaway – que supervisiona e gere um conjunto de empresas subsidiárias – e um investidor nato. “Essa fortuna é resultado de sua destemida, astuta e implacável maneira de investir. Seu segredo é investir em boas empresas que não são bem gerenciadas”, conta Abati. Buffett liderou a lista em 2008.

Em quarto lugar, Bernard Arnault, que aparece pela segunda vez na lista. O francês é dono da Louis Vuitton Moët Hennessy (LVMH), considerada ícone da moda, e chegou aos US$ 41 bilhões aos 62 anos de idade.

Na sequência, vêm Larry Ellison, fundador da Oracle, com US$ 39,5 bilhões; Laskhmi Mittal, indiano fabricante mundial de aço ArcelorMittal, com US$ 31,1 bilhões; Amancio Ortega, bilionário do ramo têxtil, com US$ 31 bilhões; o brasileiro Eike Batista, que atua principalmente nas áreas de petróleo, mineração, logística e energia, com US$ 30 bilhões; o industrial indiano Mukesh Ambani, com US$ 27 bilhões e a americana Christy Walton, que ocupou o décimo lugar ao herdar a fortuna de US$ 26,5 bilhões com a morte de seu marido John Walton, um dos filhos de Sam Walton, fundador da rede Walmart de supermercados.

Brasileiros na lista

Além de manter Eike Batista entre os mais ricos do mundo, a lista de brasileiros saltou de 18 para 30, contando agora com empresários como o banqueiro André Esteves, do BTG Pacutal, com US$ 3 bilhões; o dono da Amil, Edson de Godoy Bueno, com US$ 2 bilhões, e as famílias Villela, com US$ 2 bilhões, e Moreira Salles – Fernando, João, Pedro e Walther, cada um com US$ 2,6 bilhões –, ambas do Itaú Unibanco.

Também estão na lista o acionista da Anheuser-Busch Inbev, Jorge Paulo Lemann, com US$ 13,3 bilhões; o dono no banco Safra, Joseph Safra, com US$ 11,4 bilhões; Marcel Telles, também acionista da Anheuser-Busch Inbev, com US$ 6,2 bilhões e Dorothea Steinbruch e família, proprietácios da CSN, com US$ 5,8 bilhões.

Segundo Abati, somadas, as fortunas dos brasileiros na lista chegam a US$ 131,3 bilhões, o equivalente a R$ 216 bilhões. Esse valor é maior que o PIB de toda a região Norte ou quase o da região Nordeste do País. “É incrível observar que os países emergentes foram os que puxaram o aumento no número de bilionários. O aumento dos brasileiros no ranking tem a ver, certamente, com a divulgação do patrimônio e também com a recente valorização do real”, explica.

Outros

O Facebook foi um fenômeno do ranking de 2011. O CEO Mark Zuckerberg aumentou sua fortuna em 238% em relação a 2010, chegando aos US$ 13,5 bilhões. Eduardo Saverin, co-fundador da rede social, também aparece na lista, junto com o nome mais jovem, Dustin Moskovitz, de 26 anos.

A famosa classificação também é alvo de polêmicas. Isso porque já é a terceira vez que a Revista Forbes inclui o traficante mexicano Joaquim Guzman Loera, conhecido como “El Chapo”. Com 1 bilhão de dólares, ele é o 11º homem mais rico do México e ocupa a 1.140ª posição no ranking geral. “Acredito que a Forbes seja muito criticada por considerar criminosos em sua lista. Mas se o mexicano tem todo esse dinheiro, é uma realidade que a sociedade não pode ignorar. Não acho que a revista esteja fazendo apologia ao crime, de maneira alguma”, afirma Campos.

O último, mas não muito menos rico, da lista é o chinês Shijia Ding, vice-presidente da Anta Sports. Sua fortuna calculada é de “apenas” US$ 1 bilhão.


 

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