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quinta-feira, 28 de março de 2024

Amy Winehouse completaria 28 anos nesta quarta-feira

2011-09-14 10:15:00

Se estivesse entre nós, Amy Winehouse teria um dia de cheio nesta quarta-feira (14). Fã de festas regadas a bebidas e drogas, a cantora comemoraria 28 anos de vida, conseguindo atravessar uma idade que se tornou sinônimo de tragédia no mercado fonográfico, com a morte de tantos outros grandes nomes da música aos 27.

Contudo, os excessos, a vida conturbada, a dificuldade em retomar a carreira cujo auge foi atingido em 2006, com seu segundo e último álbum, Back to Black, não permitiram que a morena de olhos verdes e lábios grossos celebrasse a data.

No início da tarde do dia 23 de julho, um sábado que amanheceu como outro qualquer, o mundo ficou chocado ao saber que Amy havia sido encontrada morta por policiais em sua casa, em Londres. Nas horas seguintes, o local se tornou ponto de peregrinação para fãs que admiravam não apenas a voz e a música, mas também as atitudes desvairadas da cantora que traziam de volta à música mainstream um nome que ia de encontro ao establishment.

Desafiando todo e qualquer discurso politicamente correto cada vez mais em voga nos dias atuais, com astros do rock em campanhas pelo não uso de drogas e do cerco pesado de governos e mídia contra o consumo de cigarro e álcool, Amy teve uma vida curta e desregrada, muito semelhante à de outras estrelas da música que deixaram saudade em gerações, como Janis Joplin, Jimi Hendrix e Kurt Cobain.

A empatia dos fãs com esse estilo de vida da cantora era tanta que, nas horas seguintes à sua morte, a mansão onde morava foi cercada por maços de cigarro, garrafas de vodka e pequenos cachimbos, objetos bem diferentes das flores que costumeiramente ornamentam as casas de celebridades falecidas para homenageá-las. Não que margaridas, rosas, lírios não estivessem por lá, mas os símbolos dos vícios da britânica se destacavam entre elas.

Ao mesmo tempo em que definhava na vida pessoal, suas cada vez mais fracas performances ao vivo começaram a interferir também em sua carreira. Inicialmente apenas alvo da crítica, Amy passou a sentir também a pressão do público quando subia ao palco. Logo, começou a ser vaiada.

No entanto, em vez de se concentrar em tentar se livrar do álcool e heroína, a cantora parecia brincar com seus problemas, comprando garrafas de vodka antes de dar entrada em clínicas de reabilitação e se envolvendo com homens que apenas minavam ainda mais uma carreira tão promissora.

Com apenas dois discos lançados, Frank (2003) e Back to Black (2006), Amy vendeu milhões de cópias ao redor do mundo, se tornando uma verdadeira papa-prêmios e uma colecionadora de certificados de álbuns de ouro e, principalmente, de platina. Infelizmente, a poderosa voz e o indiscutível talento de compositora acabaram sendo ofuscados por todos os problemas incansavelmente registrados pela imprensa nos últimos anos.

Regularmente, tabloides britânicos inundavam os meios jornalísticos de todo o planeta com imagens da vida destrutiva que Amy vinha levando. Quase sempre com copo à mão, ela aparecia nas fotos cambaleando pelas ruas, dormindo em sarjetas, se drogando só e com namorados, saindo de delegacias e visitando tribunais. Médicos alertavam para a fragilidade de sua saúde, chegando a lhe diagnosticar com ênfisema pulmonar três anos atrás.

A volta por cima, parecia, enfim, começar em 2010. Com um novo namorado, o cineasta Reg Traviss, o hoje famoso pai da cantora, Mitch Winehouse, anunciou que ela estava se tratando. Mesmo com as ainda constantes aparições públicas cambaleante – vide a passagem pelo Brasil em 2011 -, Amy voltou a ganhar confiança da mídia em relação à sua recuperação. Uma nova turnê europeia foi anunciada e aparentemente sua carreira voltaria a deslanchar. Mas, o primeiro show do giro, no dia 18 de junho deste ano, na Sérvia, foi um fiasco e o restante das apresentações no continente foram canceladas. Foi sua última aparição em um palco.

Neste dia 14 de setembro, os fãs da diva têm mais uma oportunidade para relembrar sua carreira. Uma viagem repleta de musicalidade, polêmicas, reviravoltas e encerrada com uma tragédia.

Parabéns, Amy.


 

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