2009-08-27 11:01:00
O Brasil receberá US$ 3,9 bilhões do FMI (Fundo Monetário Internacional) na forma de Direitos Especiais de Saque, moeda utilizada pelo Fundo e que equivale a cerca de US$ 1,56 cada uma. De acordo com o Banco Central, não se trata de um empréstimo.
Esse dinheiro é a parte que cabe ao Brasil dos US$ 250 bilhões que serão distribuídos aos países membro do Fundo por decisão do G20 e de outra distribuição no valor de US$ 33,4 bilhões. A distribuição é proporcional à cota de cada país no FMI. Desde 1981 não era feita uma operação dessa natureza pelo FMI.
"O objetivo foi constituir um colchão de liquidez para ajudar os integrantes do organismo a melhor enfrentar a crise financeira internacional", diz o BC em nota.
Esse dinheiro irá para as reservas internacionais brasileiras, que estão hoje em US$ 214,86 bilhões. O Brasil receberá US$ 3,5 bilhões na próxima sexta-feira. No dia 9 de setembro, serão repassados ao país mais US$ 433,4 milhões.
Se o Brasil precisar de dólares, por exemplo, pode negociar essa moeda com outros países por meio do FMI, mas o BC afirmou que não há perspectiva de que isso ocorra.
Quem compra essa moeda de outro país, recebe juros, pois nesse caso a operação se assemelha a um empréstimo. Quem vende a sua parte, paga juros, como se estivesse pegando um empréstimo.
Hoje, o Brasil já tem US$ 500 milhões nessa moeda desde 1981. O país poderia, em tese, comprar ainda até US$ 9 bilhões nessa moeda, pelas regras do Fundo.