2009-06-27 16:23:00
O reverendo Jesse Jackson, que passou a sexta-feira (26) junto à família de Michael Jackson, morto um dia antes, disse hoje à rede de televisão ABC que a família deve realizar uma "necropsia independente" do corpo do cantor, que está em uma funerária reservada desde ontem à noite. "Sinceramente, a família precisa de uma necropsia independente. Estou seguro de que ela deveria fazer isso, e provavelmente o fará", declarou.
O pastor negro, militante de direitos civis, também se referiu às muitas questões não resolvidas sobre a morte do ídolo –que envolvem principalmente o papel desempenhado pelo médico particular do astro, Conrad Murray.
"Quando o médico veio? O que fez? Deu uma injeção a Michael? E se deu, qual foi a substância injetada? O médico voltou muito tempo depois de ter sido chamado?", questionou o reverendo.
"A ausência dele levanta questões importantes, às quais só ele pode responder", prosseguiu.
Segundo o jornal "Los Angeles Times", a polícia, que conversou brevemente com Murray após a morte do cantor, conseguiu falar com ele ontem, e também está articulando uma entrevista coletiva com a presença do médico.
O consumo excessivo de medicamentos foi amplamente citado pelos familiares do cantor como uma das causas possíveis para a morte.
"Há suspeitas que pairam sobre este médico, e com razão, pois qualquer outro profissional diria: ‘isso foi o que aconteceu durante as últimas horas de vida de Michael Jackson. Eu estava lá. Dei-lhe medicamentos", declarou o pastor Jackson, que não tem nenhum parentesco com o cantor.
"Em vez de fazer isso, o médico deixou o local e abandonou seu carro. Quem veio buscá-lo? Porque a polícia apreendeu seu veículo?", perguntou o reverendo.
O médico "deve à família e ao público" explicações sobre as últimas horas de vida de Michael Jackson, afirmou, sentenciando que ‘nesse caso, o problema não é a automedicação, mas o médico’.