2018-01-16 10:02:00
O governo chinês decidiu aprofundar a partir do começo deste ano sua política de recuperação do deteriorado meio ambiente do país, muito afetado pela contaminação. Com isso, está impondo fechamentos de fábricas de diversos setores industriais e fortes restrições a outras, o que leva a reduzir a produção de produtos estratégicos enviados para o mundo.
Os agronegócios são um dos setores mais afetados por essa situação. Segundo informação recolhida pelo escritório em Xangai da Red Surcos, principal empresa de pesticidas de capital argentino, somente 20% das fábricas deste setor estão habilitadas para operar atualmente.
“Desde o 1º de janeiro, a China decidiu aprofundar seus controles do meio ambiente sobre diversos setores industriais. E, no caso da nossa indústria, implica que por esses dias apenas estão habilitadas 400 fábricas de um total de 2.200 que existem em todo o país”, explicou Sebastián Calvo, presidente da Red Surcos, que viaja permanentemente à China.
Das fábricas que estão paradas, há muitas que foram fechadas em forma definitiva e outras que deverão se ajustar à normativa mais estrita para voltar a operar. “Essa situação está afetando a oferta de produtos por parte da China, que resulta estratégica para o abastecimento do mercado mundial, que faz pensar que é muito difícil ver uma baixa de preços no mercado futuro”, observou Calvo.
Se estima que para 2020 haverá 30% menos empresa na agroindústria chinesa e as que ficarão serão de tamanho maior, ou seja, uma grande concentração.
