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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Maioria dos países descumpriu meta de reduzir analfabetismo, diz Unesco

2017-02-16 16:02:00

De 139 países participantes de um levantamento de dados da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), só 39 (ou 28% do total) comprovaram ter cumprido a meta 4 do programa Educação para Todos, que previa a redução de 50% nos índices de analfabetismo até 2015. O Brasil está no grupo de 100 países que descumpriram a meta.

Na terceira edição do Relatório Global sobre Aprendizagem de Adultos e Educação (Grale III, na sigla em inglês), divulgada nesta quarta-feira (15), a Unesco afirmou que, segundo as informações enviadas pelos países, o mundo tinha, em 2015, 758 milhões de adultos sem capacidade de ler e escrever uma simples frase.

Desses, 115 milhões são jovens, ou seja, tinham entre 15 e 24 anos de idade. Isso quer dizer que cerca de 85% dos analfabetos no mundo pertencem a gerações distantes de idades consideradas propícias para a vida escolar e, portanto, que oferecem mais obstáculos para a aprendizagem.

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Em 2015, 15% dos analfabetos de 139 países eram jovens, diz relatório da Unesco (Foto: Editoria de Arte/G1)

O documento se baseia em pesquisas de monitoramento respondidas por 139 estados-membros da Unesco, "com a finalidade de elaborar um retrato diferenciado da situação global da aprendizagem e da educação de adultos (AEA)". Segundo o relatório, foram avaliados os progressos dos países que assinaram, em 2009, o Marco de Ação de Belém, que inclui propostas de políticas em três áreas: saúde e bem-estar; emprego e mercado de trabalho; e vida social, cívica e comunitária.

Apesar do fracasso no cumprimento da meta, 85% dos países que participaram do levantamento dizem que " a alfabetização e as habilidades básicas eram uma prioridade principal de seus programas de aprendizagem e educação de adultos", e 46% deles disseram que "o investimento inadequado ou mal direcionado é um fator importante que impede a aprendizagem e a educação de adultos de causarem impacto maior na saúde e no bem-estar".

 

 

Mulheres sofrem mais

 

A falta de educação de qualidade para jovens e adultos afeta mais as mulheres do que os homens. Segundo o relatório da Unesco, "a maioria (63%) dos adultos com baixas habilidades de alfabetização é formada por mulheres". Além disso, os dados mostram que a taxa de meninas fora da escola é mais alta que a de meninos: uma em cada dez meninas (9,7%) não está na educação formal nos 139 países participantes da pesquisa, enquanto a taxa de meninos fora da escola é de 8,3%.

O órgão afirma que "a educação é essencial para a dignidade e os direitos humanos, e é uma força para o empoderamento" e que "a educação de mulheres também tem grandes impactos nas famílias e na educação das crianças, influenciando o desenvolvimento econômico, a saúde e o engajamento cívico de toda a sociedade".

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Mulheres sofrem mais do que homens com o analfabetismo, segundo relatório da Unesco (Foto: Editoria de Arte/G1)

 

Educação para Todos

 

Desde 2000, a Unesco monitorou os dados enviados pelos seus 195 países-membros relacionados à educação para acompanhar a evolução das políticas rumo ao cumprimento de seis metas:

 

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