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quinta-feira, 28 de março de 2024

Serra diz que acordo entre Mercosul e UE deve sair em 2 anos

2016-09-19 12:02:00

O ministro das Relações Exteriores, José Serra, afirmou na noite deste domingo (19), em Nova York, que o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia deve sair em "um ano e meio, dois anos". Ele afirmou que ainda há resistências protecionistas por parte de alguns países europeus.

Serra deu a declaração ao sair de encontro com chanceleres de Argentina, Paraguai e Uruguai. As comitivas oficiais foram a Nova York  participar da Assembleia Geral da ONU, que será aberta na terça-feira (20).

Na reunião dos membros do Mercosul, os países assinaram uma nota em que defendem impulsionar as negociações com a União Europeia.

"Aprovamos uma declaração que faz uma exortação à União Europeia, para que prossiga, que dê mais agilidade ao processo de negociação com o Mercosul. A nota está dedicada a isso, é uma nota bastante curta. Isso foi aprovado por unanimidade, foi uma proposta nossa, que o próprio ministro espanhol me disse esta semana lá em Brasília que seria importante que isso acontecesse", afirmou Serra.

"Nós queremos acelerar agora em outubro, quando haverá novas ofertas, isso é uma coisa para um ano e meio, dois anos, pra concluir [o acordo]. É uma avaliação que eu fiz com o secretário de comércio exterior da Espanha", completou o ministro.

Segundo ele, a nota mostra disposição do Mercosul em levar as negociações adiante. Serra afirmou ainda que esse também é o interesse de países europeus como Portugal, Itália e Suécia.

"[A nota] mostra o nosso interesse e a nossa disposição. Há resistências por causa de mobilizações, eu diria protencionistas, em alguns países. Mas Espanha, Itália, Portugal, Suécia  estão amplamente a favor, e eu confio que eles consigam maioria para poder acelerar o processo" afirmou Serra.

Venezuela

Serra foi questionado pelos jornalistas sobre a situação da Venezuela no Mercosul. Recentemente Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai, fundadores do Mercosul, assumiram a presidência do grupo no lugar da Venezuela, por considerar que este último país não obedeceu os compromissos econômicos e políticos previsto ao aderir ao bloco, em 2012.

Os países deram inclusive um ultimato para que a Venezuela fique em dia antes de 1º de dezembro, sob pena de ser excluído do bloco.

Segundo o ministro, a questão da Venezuela não foi tratada na reunião em Nova York.

"O encontro foi convocado pela Argentina. E pra aprovar aquela nota, creio que fosse pertinente que fosse convocado. E não se falou sobre Venezuela. Se falou é sobre o desejo de não ficar sempre com o assunto Venezuela pela frente. Unanimidade". disse Serra.

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