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quarta-feira, 24 de abril de 2024

Veja a repercussão do afastamento de Dilma entre países e líderes

2016-05-13 07:21:00

No decorrer desta quinta-feira (12), alguns países, instituições e líderes internacionais começaram a se manifestar a respeito da aprovação do afastamento de Dilma Rousseff no Senado. Veja abaixo o que disseram:

Unasul

O secretário-geral da Unasul, o colombiano Ernesto Samper, afirmou que uma possível destituição de Dilma poderia levar a uma ruptura do sistema democrático no Brasil. "Se se continuar neste processo (…), poderíamos chegar a uma ruptura que seria preciso levar os países a analisar a aplicação ou não da cláusula democrática", disse em coletiva de imprensa no Equador. Esta cláusula da União das Nações Sul-americanas (Unasul) contempla impor sanções ao membro que romper a ordem democrática. Samper já havia apoiado Dilma anteriormente.

"Até o momento, não há uma ruptura da continuidade democrática", afirmou Samper, acrescentando que Dilma Rousseff "continua na condição de presidente constitucional, enquanto se resolve o julgamento que a afastou temporariamente de suas responsabilidades de caráter administrativo, não como chefe de Estado".



Ainda segundo o secretário-geral da Unasul, "até o momento, não recebemos nenhuma solicitação" para convocar uma cúpula da Unasul para examinar a situação política no Brasil.



ONU

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, está monitorando os acontecimentos no Brasil e pede calma, depois que o Senado autorizou a abertura de processo de impeachment contra Dilma,  disse o porta-voz da ONU Stephane Dujarric. "O secretário-geral faz um apelo por calma e diálogo entre todos os setores da sociedade", disse o porta-voz a repórteres. "Ele confia que as autoridades do país vão honrar o processo democrático, cumprindo com o Estado de Direito e a Constituição".

Argentina

O Ministério das Relações Exteriores argentino disse que "respeita o processo institucional que se desenvolve e confia que o desenlace da situação consolide a solidez da democracia brasileira". Os argentinos afirmam que seguirão dialogando com as autoridades constituídas a fim de seguir avançando com o processo de integração bilateral e regional.



Bolívia

O presidente da Bolívia, Evo Morales, postou em sua conta no Twitter uma mensagem de solidariedade à presidente Dilma Rousseff, e afirmou que sente sua mesma indignação frente "ao golpe congressista e judicial".

"Irmã presidenta @dilmabr, sentimos a mesma indignação que a senhora e seu povo frente ao golpe congressista e judicial", afirmou o presidente. Morales acrescentou que os "povos humildes" condenam "o atentado contra a democracia e a estabilidade econômica do Brasil e a região".

Chile

A chancelaria chilena divulgou nota afirmando que o país acompanhou com atenção os acontecimentos recentes no Brasil, país que considera de histórica relevância econômica, diplomática e cultural, "inclusive no períoo da administração da amiga presidenta Dilma Rousseff, com a qual mantivemos excelentes relações".

"O governo do Chile expressa sua preocupação pelos acontecimentos dos últimos tempos nesta nação irmã, os quais geraram incertidão em nível internacional, considerano a gravitação do Brasil no âmbito regional", diz a nota. "Sabemos que a democracia brasileira é sólida e que os próprios brasileiros saberão resolver seus desafios internos. Ao mesmo tempo, o Chile reafirma seu decidido respaldo ao Estado de Direito, aos processos constitucionais e a instituições democráticas no Brasil e em cada um dos países da América do Sul", afirma.

Colômbia

O governo da Colômbia fez votos para que se preserve "a estabilidade" e a "institucionalidade democrática" no Brasil. "Na atual conjuntura, a Colômbia confia na preservação da institucionalidade e da estabilidade, fundamentos indispensáveis do Estado de Direito", diz um comunicado da chancelaria colombiana. "A estabilidade do Brasil é muito importante para toda a região por sua influência e liderança", também destacou o texto, no qual o Ministério das Relações Exteriores da Colômbia garante ter "seguido de perto o transcurso dos fatos ocorridos nas últimas semanas" no país.

Cuba

O governo cubano se manifestou por meio de nota: "Cuba tem repetidamente denunciado o estado golpe de Estado parlamentar-legal, disfarçado de legalidade, que está se gestando durante meses no Brasil. Hoje foi consumado um passo fundamental para os objetivos golpistas".

Na visão do governo cubano, o processo de impeachment é "um artifício armado por setores da oligarquia no país, apoiados pela grande imprensa reacionária e o imperialismo, a fim de reverter o projeto político do Partido dos Trabalhadores, derrubar o governo legítimo e usurpar o poder que não puderam ganhar com o voto eleitoral". "O que acontece no Brasil é parte da contra-ofensiva reacionária do imperialismo e da oligarquia contra os governos revolucionários e progressistas na América Latina e no Caribe", afirma o comunicado de Havana. "Dilma, Lula, o Partido dos Trabalhadores e o povo do Brasil têm e sempre terão toda a solidariedade de Cuba", termina a  nota.

Equador

O Equador falou em "alteração da ordem constitucional" em um comunicado divulgado pela chancelaria. "Diante da ameaça de uma grave alteração da ordem constitucional, de profundas consequências para o conjunto da região, o Equador apela à plena vigência de preservação das instituições democráticas e os valores que a sustentam", expressou o governo equatoriano.

Também demonstrou sua "profunda preocupação" com a situação política no Brasil e apoiou o governo de Dilma Rousseff, "legítima depositária do mandato popular expresso nas últimas eleições democráticas e conta a qual não pesa, até o momento, uma única acusação que a vincule com a prática de um crime comum".



Estados Unidos

O porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest, expressou confiança em que as instituições democráticas do Brasil são suficientemente "sólidas" para enfrentar a crise. "Pretendemos respeitar as instituições, tradições e procedimentos do governo", disse o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest. Ele afirmou que as instituições brasileiras são "suficientemente maduras e sólidas para resistir à crise política".

Portugal

"Se o Brasil passa por momentos difíceis, do ponto de vista económico e da estabilidade político-institucional, é nestes momentos que Portugal deve reafirmar, sem nenhuma espécie de reserva, a sua solidariedade", afirmou o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, em Lisboa.

Ele destacou que Portugal respeita as decisões internas do Brasil: "Respeitamos e cooperaremos com o novo presidente brasileiro e o seu governo, da mesma forma leal e empenhada como colaboramos com o Governo de Dilma Rousseff e com os governos anteriores a esse".



Rússia

O Ministério das Relações Exteriores russo informou por meio do Twitter que considera o processo de impeachment um assunto interno do Brasil e que deve ocorrer em estrita concordância com a Constituição brasileira. "A Rússia quer ver um Brasil estável e vibrante desempenhando um papel importante nas relações internacionais", disse a porta-voz do ministério Maria Zakharova, segundo o Twitter oficial da pasta.

Venezuela

A ministra de relações exteriores Delcy Rodríguez postou no Twitter um convite para que a população de Caracas compareça a uma manifestação de apoio a Dilma Rousseff.



Mais tarde, o Ministério das Relações Exteriores divulgou um comunicado condenando o impeachment e classificando-o como "golpe de Estado": "A Venezuela rejeita categoricamente o golpe de Estado feito pelo parlamento que está ocorrendo no Brasil, o qual, via farças judiciais das forças oligárquicas e imperiais, visa derrubar a presidente e derrubar a soberania popular", afirma a nota.



"A presidente legítima, Dilma Rousseff, primeira mulher presidente do Brasil, enfrenta um ataque motivado por vingança dos elementos que perderam as eleições e são incapazes de assumir o poder por qualquer outro caminho que não seja à força", acrescentou o governo.

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