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sábado, 20 de abril de 2024

Cotações em alta anima produtores da região sul

2007-09-12 11:11:00

Se neste mesmo período do ano passado, o clima era de desânimo pelos agricultores da região de Dourados, por causa de perdas nas safras de verão e inverno, dívidas e preços baixos, em 2007 o quadro é diferente com as altas constantes das cotações do milho e da soja nas últimas semanas.

A saca de milho tem ficado ao redor de US$ 10 nas cooperativas e cerealistas do sul do Estado, um preço nunca alcançado neste período. Historicamente esse grão sempre valeu em torno de US$ 5, por isso o otimismo dos produtores.

Mas a presidente da Associação das Revendas de Defensivos Agrícolas da Grande Dourados (Aregran), Leda Xavier Sbabo, disse ontem ao Correio do Estado que, mesmo com os bons preços no mercado, os agricultores têm compromissos financeiros com a prorrogação de dívidas junto ao Banco do Brasil e isso diminuirá a renda no final do ciclo.

"A gente observa que mesmo com todo esse quadro positivo, uma parcela dos produtores ainda não quitou seus débitos junto às revendas de insumos porque o endividamento é grande", explicou a agrônoma.

Segundo corretores de grãos em Dourados, o aumento do consumo mundial e menor oferta estão justificando as altas das commodities, o que tem animado o agricultor, inclusive, a investir mais na próxima safra de verão. "Tempos atrás quem conseguia cinco dólares no milho vibrava", lembrou Leda Sbabo.

Ontem em Dourados, o milho estava sendo comercializado a R$ 19,30, preço bruto-balcão e a R$ 20 no disponível. Quem ainda tem soja armazenada poderia vender a saca por R$ 32 (bruto-balcão) e a R$ 35, no disponível, ou US$ 18.

A presidente da Aregran disse que o pagamento junto às revendas neste ano está bem superior a 2006, mas que muitos agricultores ainda têm pendências da safra passada. Ela afirmou que aproximadamente 70% dos insumos agrícolas são financiados pelas revendedoras e multinacionais (traders), enquanto o Banco do Brasil fica com o percentual restante.

Por isso, o aumento das cotações e, consequentemente, o maior faturamento dos produtores de grãos estão tendo impacto positivo na liquidação de dívidas contraídas para plantar a soja e o milho safrinha. Mesmo com a seca – que reduziu a produtividade do milho, que ficou entre 45 e 50 sacas, os agricultores conseguiram uma safra boa, agora alavancada pelas cotações ascendentes.

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