2007-08-06 16:53:37
Segundo nota publicada na coluna Holofote de revista Veja dessa semana, o presidente da (VCP) Votorantin Celulose e Papel, José Luciano Penido afirmou que a fabrica que está sendo construída em Três Lagoas, no futuro ela também poderá produzir etanol a partir da celulose. A fábrica depois de concluída terá capacidade de produzir anualmente 1,3 milhão de toneladas de celulose. Desta produção, 70% seria destinada à exportação e o restante – 30% – já estaria comprometido para a fábrica de papel da International Paper, que também está sendo construída em Três Lagoas.
O jornalista Felipe Patury, editor da coluna Holofote, comentou que a VCP, para prosseguir com o projeto de produzir etanol, teria que comprar cerca de 20 mil hectares de terra contínua, numa região ocupada por cana e gado.
O comentário feito pelo jornalista foi bastante contestado na região do Bolsão. Especialistas mostram que há grandes áreas disponíveis para expansão da VCP, uma vez que a plantação da cana-de-açucar não atinge níveis que possam ser considerados importantes. Como exemplo eles citam duas cidades próximas a Três Lagoas.
Em Brasilândia o cultivo de cana não é representativo, já que a sua produção é apenas para atender a demanda da Usina Debrasa.
Já em Bataguassu o grupo Itamaraty está investindo na construção de uma usina para produção de açúcar e álcool, mas também não irá comprometer e inviabilizar qualquer projeto de expansão da empresa do grupo Votorantim.
ECOLOGIA
Outro argumento que foi utilizado para contestar o comentário feito na revista Veja é que a proposta da VCP é muito mais atrativa sob a ótica do meio-ambiente. Entendem que a produção de cana-de-açucar é extremamente comprometedora, apesar das posições em contrário, especialmente no período das queimadas, enquanto o reflorestamento de eucalipto não apresenta problema semelhante.
DISPONIBILIDADE
Na questão da extensão de terra – 20 mil hectares – necessária para expansão do projeto, os mesmos especialistas apontam para sua viabilidade de aplicação. Afirmam que há disponibilidade e entendem até mesmo que isto já tenha sido detectado pela VCP quando dos estudos de viabilidade para implantação da unidade em Três Lagoas.