2007-01-03 09:37:00
O fracasso na primeira tentativa do governo do Estado em renegociar o passivo de R$ 27,9 milhões com a União (referente ao não pagamento da parcela de dezembro da divida estadual) gerou um impacto a mais para Mato Grosso do Sul: sem recursos para o cumprimento deste compromisso, e ameaçado de ver suspensos os repasses constitucionais a que tem direito, o governo do Estado não tem dinheiro para efetuar o pagamento do funcionalismo público, que deveria ser depositado no quinto dia útil de janeiro – a próxima segunda-feira (8).
“Não temos dinheiro para pagar esse repasse, e não temos dinheiro para pagar os salários”, afirmou na noite desta terça-feira o governador André Puccinelli (PMDB). Na tarde de hoje, o chefe do Executivo estadual havia informado ao Campo Grande News que os recursos para o pagamento dos proventos dos servidores dependeriam também dessas negociações.
A parcela da dívida que deveria ter sido paga fez parte do exercício do antecessor de Puccinelli. Em ocasiões anteriores, Zeca do PT ressaltou que deu prioridade ao pagamento do 13º salário do funcionalismo estadual, deixando o compromisso com a União em um segundo plano. Porém, o cumprimento da parcela da dívida é obrigatório para que o Estado tenha acesso aos repasses federais. O dilema deve fazer parte da reunião que Puccinelli terá nesta quarta-feira (3) com seu secretariado.
