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sábado, 20 de abril de 2024

Lula compara crise aérea a ‘cachorro com muitos donos’

2007-08-03 01:26:37


Em reunião do Conselho Político nesta quinta-feira (2), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparou o setor aéreo a um cachorro com muito dono, que no final ninguém cuida. O problema teria sido resolvido com a nomeação de Nelson Jobim para o Ministério da Defesa.

Segundo relato de um dos representantes dos 11 partidos que o apóiam no Congresso, o presidente disse que até o acidente com o avião da TAM, que matou 199 pessoas, o setor aéreo sofria com um problema de gestão.

Seria como "um cachorro com muito dono, morre de fome e ninguém cuida", disse Lula aos aliados.

Lula afirmou que corrigiu esse problema nomeando Nelson Jobim ao Ministério da Defesa e dando a ele “carta branca” para agir e fazer qualquer mudança no setor, de acordo com outro relato de um deputado que participou da reunião.

O presidente reafirmou que o apagão aéreo o pegou de surpresa. Lula disse que em nenhuma campanha o assunto foi levantado e comparou os problemas no setor, a partir da crise na Varig, a um paciente que não sabe que tem câncer.

"A crise aérea é uma doença com metástase que o paciente não sabe que tem", afirmou Lula aos políticos aliados, segundo um dos presentes. Lula citou o acidente da Gol e o problema dos controladores como fatores que levaram o governo a perceber o problema.

Agências reguladoras – Na mesma reunião, Lula falou também sobre uma renovação na legislação das agências reguladoras para acabar com a estabilidade dos mandatos dos diretores.

Segundo relato de participantes do encontro, Lula afirmou ser preciso dar poder de destituição dos diretores a quem faz as nomeações.

Apesar de ser um assunto que paira sobre a Agência Nacional de Aviação Civil, o presidente não falou especificamente sobre a Anac. Teria pedido apenas para os representantes dos 11 partidos que o apóiam no Congresso analisarem o tema.

Participantes do encontro disseram que, em tom de brincadeira, Lula contou que logo após assumir a Presidência, no primeiro mandato, recebeu um presidente de agência reguladora. Na reunião, fez algumas cobranças, mas ouviu que não seria atendido porque o órgão era independente do governo.

"A gente sofre para ganhar uma eleição, daí vem um cara e diz o que pode e o que não pode fazer", disse o presidente aos participantes, segundo relatos. Lula disse que o projeto que altera a questão dos mandatos dos diretores "é uma questão de todas as agências".

Anac – Os cinco diretores da Anac vêm sendo criticados por supostamente não terem conhecimento técnico sobre aviação civil. Como o governo não pode demiti-los, eles sairiam da agência somente se renunciassem ao cargo.

O presidente da Anac, Milton Zuanazzi, já fez queixas a Lula sobre o fogo amigo e teria dito que renunciaria se o governo desejasse.

Por exemplo, no caso da Anac e da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), a primeira reguladora a ser criada, os diretores têm mandato de cinco anos. Apenas a Agência Nacional de Petróleo (ANP) não tem estabilidade para a direção. Para todas as agências, o presidente nomeia os diretores e o Senado Federal chancela.

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