2007-01-01 01:38:00
O Japão estabeleceu um novo recorde em condenações à morte em 2006, com 44, e o total de pessoas condenadas à pena capital atingiu outro número sem precedentes, 94 casos, segundo fontes oficiais citadas pela agência "Kyodo". Em 25 de dezembro foram executados quatro condenados à morte. Dois deles tinham mais de 70 anos.
As execuções quebraram uma moratória iniciada em setembro de 2005 pelo então ministro da Justiça, o budista Seiken Sugiura. Dos quatro executados deste ano, todos acusados de assassinato, um tinha sido condenado há 19 anos, outro há seis, o terceiro há dez meses e o último há cinco meses.
O fundador da seita da Verdade Suprema, Chizuo Matsumoto, de 51 anos, acusado de idealizar o ataque com gás sarin no metrô de Tóquio em 1995, é o caso mais famoso. O infanticida Kaoru Kobayashi, de 38 anos, que assassinou uma menina de 7 anos em 2004, foi outro dos condenados este ano.
Segundo as estatísticas oficiais, o número de condenados à pena de morte no Japão à espera de execução se manteve entre 24 e 46 entre 1980 e 1990, mas ultrapassou os 50 em 1991, e subiu a 66 em 2004 e 77 em 2005.
A pena capital faz parte do Código Penal japonês desde 1907. Ela é apoiada pela maioria dos japoneses.