2007-07-11 15:12:37
Um Porsche Cayenne Turbo, avaliado em cerca de R$ 450 mil, estava em um estacionamento na Zona Sul de São Paulo. Segundo uma equipe da Delegacia de Investigações Sobre Entorpecentes (Dise), o veículo pertence a uma quadrilha de traficantes que atua no Estado. O carro foi localizado na terça-feira (10) à noite, por volta de 23h, em um estacionamento da Rua Nova Iorque, no Brooklin. O valioso Porsche vinha sendo procurado pelos investigadores da Dise, que percorreram pelo menos 15 estabelecimentos antes de encontrar o veículo.
Bens
Segundo a Polícia Civil, o Porsche pertence a uma quadrilha de traficantes que controlava a venda de cocaína em três regiões do Estado e fazia remessas para o Rio de Janeiro. O carro é, ainda de acordo com a polícia, produto de uma valiosa lista de bens que inclui motos, lojas, uma construtora, apartamentos em bairros nobres e casas de alto padrão na Grande São Paulo. O veículo servirá como base para tese de que o grupo criminoso enriquecia com o lucro da venda de drogas.
A Dise estima que a quadrilha conseguiu somar um patrimônio de R$ 30 milhões com a venda de cocaína. Só neste ano, sete toneladas da droga foram entregues a traficantes do Rio. Mortes O chefe da quadrilha, segundo a polícia, foi morto em junho – juntamente com a namorada – durante um tiroteio. Na ocasião, três integrantes do grupo foram identificados e presos, entre eles um homem cujo nome está no cadastro de clientes do estacionamento onde o carro de luxo foi encontrado.
Segundos o que a polícia apurou com os funcionários do estacionamento, o mesmo homem preso pela polícia com outros dois companheiros era mensalista e costumava pagar o estabelecimento adiantado. Desde essa prisão, porém, ninguém voltou ao estabelecimento e o carro foi esquecido no lugar. No começo da madrugada desta quarta-feira (11) o Porsche foi levado para a Delegacia Seccional de Taboão da Serra. No estacionamento ficou uma dívida de R$ 55,50.
Pistas
A Polícia Civil vem seguindo as pistas da quadrilha de traficantes há um ano. Os agentes vasculharam e fecharam uma loja num dos maiores shoppings de São Paulo, apreendendo documentos e um computador. Foi o primeiro indício de que o grupo enriquecia e investia pesado em várias frentes. Essa investigação também levou a Dise a outro shopping da Capital, para apurar a compra de uma loja por R$ 2,5 milhões. O dinheiro, de acordo com a polícia, vinha do tráfico de drogas.