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terça-feira, 23 de abril de 2024

Dólar tende a cair e BC não pode fazer muito

2007-07-11 12:46:37

O fluxo de ingresso da moeda estrangeira pesou mais e o dólar voltou a ser negociado abaixo de R$ 1,90, se descolando do pessimismo que atingiu as bolsas de valores, novamente por preocupações quanto aos problemas relacionados ao mercado imobiliário americano. Também houve uma reação à antecipação de resultados de grandes empresas piores que os esperados. Na verdade, foi mais do mesmo, com a diferença apenas pelo descolamento do câmbio. Mas que não pode nem ser considerado como um movimento atípico. Afinal, as condições domésticas ainda são propícias a uma queda maior do dólar. Se tem muito dinheiro entrando no País, assegurando uma oferta muito superior à demanda, a tendência é de manutenção da tendência baixista. E isso mesmo com as atuações do Banco Central.

O que se percebe é que, a não ser que haja contaminação dos movimentos de maior pessimismo e estresse do mercado, o dólar tende a cair e o Banco Central não pode fazer muito. As atuações do BC apenas seguram um pouco a queda. O melhor momento para intervenções já passou. Hoje a margem de manobra é mais limitado. Tanto das atuações diretas como indiretas, através de um corte mais acentuado dos juros, como ainda cobram empresários ligados à área exportadora e os mais prejudicados pelo câmbio. Um corte maior da taxa básica sairia do padrão de atuação do Banco Central, o que certamente teria impacto negativo no próprio mercado, na formação de expectativas e até de preços.

O maior problema da queda do dólar é a perda de competitividade do produto brasileiro aqui e no exterior. Mas dadas as dimensões do chamado custo Brasil e todos os fatores relacionados, ainda há espaço para reduzir essa perda, independentemente do câmbio. Vale lembrar alguns desses fatores: carga tributária, encargos trabalhistas, burocracia, dificuldade de acesso das empresas a recursos mais baratos.

Embora a tendência de baixa do dólar ainda persista, o espaço para queda não parece muito maior, pelo menos no médio prazo. A conjuntura internacional já não é tão favorável como alguns meses atrás. Há dúvidas maiores quanto ao andamento da economia mundial, especialmente em relação aos Estados Unidos. Preocupações com inflação e juros nas diversas economias. Menor aposta na continuidade do comportamento muito positivo registrado pelas bolsas nos últimos anos. O Brasil, pelas condições da economia local, deve manter um bom fluxo de ingresso da moeda estrangeira. Mas, independentemente disso, o quadro de maior incerteza tende a frear a queda das cotações.

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