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Artistas no Brasil investem na administração de seus direitos autorais

2013-03-16 12:34:00

Com mais de 40 anos de carreira musical, Luiz Melodia não figura entre os 50 mais executados no ranking do ECAD, o artista que é um dos principais compositores da musica popular brasileira, lançou seu primeiro disco em 1973 e já foi gravado por Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Gal Costa, Elza Soares, Zezé Motta, entre outros. Por isso, o cantor e compositor acaba de assinar contrato para a gestão de todos os seus direitos autorais com a UP-Rights. Além de Luiz, a empresa cuida dos direitos de Beth Carvalho, Jorge Vercillo, Loalwa Braz, Ronaldo Lobo, Alceu Maia, Cláudio da Matta, Márcio Menescal, ente outros.

Num cenário de elevado crescimento e destaque da cultura brasileira, inclusive internacionalmente, Daniel Figueiredo, empresário e produtor musical criou a UP-RIGHTS, sob a iniciativa de atuar no mercado das artes e da cultura, com o objetivo central de potencializar o ganho dos artistas com direitos autorais. A empresa tornou-se a solução para compositores, intérpretes, atores, diretores e artistas em geral, de modo que eles possam se dedicar com tranquilidade ao seu ofício: a arte. Com sua experiência de mais de 20 anos no mercado cultural, o sócio e idealizador da empresa, Daniel Figueiredo conhece bem “os caminhos” quando o tema é direito autoral. “A partir de um acompanhamento “cirúrgico” do uso das obras dos clientes e de seu cadastramento, mapeamos sua utilização, possibilitando um aumento significativo na arrecadação dos direitos autorais, além de criar o histórico de intervenções e a liberação de créditos protegidos”; atesta Daniel Figueiredo.

Única banda brasileira com maior tempo de formação, o Roupa Nova também assinou contrato para a gestão de todos os seus direitos autorais com a Up-Rights. Atuais recordistas em trilhas sonoras de novelas, o grupo já fez parcerias musicais com Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Gal Costa e Milton Nascimento. É do Roupa Nova as trilhas de alguns temas bastante conhecidos no Brasil, “o Tema da Vitória”, usado nas transmissões das corridas de Fórmula 1 da Rede Globo, imortalizado nas vitórias do piloto brasileiro Ayrton Senna, e o tema do Rock in Rio, em 1985.

A UP-RIGHTS trabalha em parceria com as associações nacionais que compõem o ECAD (ABRAMUS, UBC, ASSIM, SOCINPRO, entre outras) e com as Associações internacionais, tais como SGAE, GDA, ASCAP e BMI entre tantas outras ao redor do mundo. Por meio de contatos estreitos com gravadoras, editoras e distribuidoras de conteúdo digital, a empresa tem o objetivo de manter toda a organização necessária para o correto pagamento de seus artistas.

A frase bem conhecida e falada por muitos “na natureza, nada se cria, tudo se copia” dá margem ao que vem acontecendo atualmente. Em geral, não há um real entendimento da importância de respeitar o criador e sua criação, seja ela uma música, um texto, um quadro ou uma escultura. Infelizmente, com a era digital a propagação e a cópia não autorizadas das obras artísticas tornaram-se uma prática comum, comprometendo seu valor cultural.

Por meio de contatos estreitos com gravadoras, editoras e distribuidoras de conteúdo digital, o ECAD tem o objetivo de manter toda a organização necessária para o correto pagamento de seus artistas. A distribuição dos valores de direitos autorais de execução pública musical repassados pelo Ecad à classe artística da música vem crescendo e batendo recordes ano a ano. Nos últimos cinco anos, a distribuição cresceu 73,21%, mais que o dobro da inflação registrada nesse período. Um ponto que deve ser considerado é que o Ecad hoje enfrenta um alto índice de inadimplência, ou seja, existem usuários que utilizam música publicamente, mas não querem pagar o direito autoral, quando deveriam pagar. A inadimplência de usuários de música já chega a mais de R$ 900 milhões anuais, prejudicando milhares de artistas. É interessante mostrar isso porque o Ecad só distribui aquilo que arrecada. Traduzindo isso para a percepção de parte da classe artística musical que não tem esse entendimento, há uma expectativa de recebimento de direitos autorais de uma música executada numa rádio ou num show. Se essa rádio ou o promotor do show não pagar direitos autorais, os compositores e artistas, no geral, nada receberão.

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