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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Estudo registra mais famílias chefiadas por mulheres

2007-06-25 07:14:37

O número de mulheres que assumem a responsabilidade de chefiar uma família vem crescendo no Brasil nos últimos anos. A conclusão é do estudo Gasto e Consumo das Famílias Brasileiras Contemporâneas, divulgado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Entre 2002 e 2003, segundo a pesquisa, as mulheres chefiavam 12,7 milhões de famílias brasileiras, o que representa 26,3% do total de famílias existentes no país.

Segundo o estudo, que se baseou também em números divulgados pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), entre 1993 e 2004 o número de domicílios chefiados por mulheres cresceu sete pontos percentuais, correspondendo a mais de um quarto do total dos domicílios brasileiros.

Em geral, as famílias chefiadas por mulheres têm rendimentos menores que os das famílias chefiadas por homens, embora o rendimento per capita das duas famílias seja próximo: R$ 499,90 nas chefiadas por mulheres e R$ 502,60 nas famílias chefiadas por homens. Uma das explicações para essa diferença é o fato de as famílias comandadas por homens serem comumente mais numerosas. “As mulheres chefes de família, em geral, são as únicas responsáveis pelo domicílio, enquanto nas famílias chefiadas por homens geralmente há a presença de uma mulher”, afirma o estudo.

Nas famílias chefiadas por homens, 65% do rendimento vêm do trabalho, enquanto para as mulheres a proporção é de 54%. As mulheres são as que mais recebem rendimento de transferências (aposentadorias, pensões, bolsas etc), em até 23,5%. Segundo o estudo, “isso é resultado especialmente de os homens apresentarem taxas de participação maiores no mercado de trabalho e auferirem rendimentos sistematicamente superiores aos das mulheres, bem como da alta proporção de mulheres idosas chefes de família, vivendo com aposentadorias e pensões”.

As mulheres chefes de família se preocupam mais com gastos relacionados a habitação, vestuário, higiene, saúde, educação, cultura e serviços pessoais. Nas famílias chefiadas por homens, a preocupação é maior com transporte, aumento do patrimônio, alimentação e outras despesas correntes.
 
A pesquisa do Ipea também revelou que as famílias chefiadas por mulheres têm mais dificuldade para finalizar o mês com a sua renda. Das famílias avaliadas entre 2002 e 2003, 33,8% das chefiadas por mulheres disseram ter muita dificuldade para chegar ao final do mês com renda, enquanto a proporção para as famílias chefiadas por homens foi de 24,8%. 

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