2007-06-24 14:27:37
Um total de 840 milhões de pessoas viajaram no mundo durante o ano de 2006, gerando rendimentos de US$ 735 bilhões, anunciou nesta sexta-feira a OMT (Organização Mundial de Turismo).
"O mundo consolidou, em 2006, 840 milhões de chegadas de turistas internacionais, o que significa um crescimento de 4,9% em relação ao ano passado", declarou o representante regional para as Américas da OMT, Augusto Huescar.
O balanço foi divulgado durante a 46ª reunião da Comissão das Américas da OMT, que debate em um hotel de San Salvador (capital de El Salvador) quatro temas-chave: a segurança turística, a qualidade como fator estratégico da competitividade, a implantação da estratégia marca-país e os segmentos emergentes como a oportunidade de expansão do turismo.
Segundo o informe, a Europa encabeça a lista das entradas de turistas com 455 milhões de pessoas que geraram rendimentos de US$ 377,6 bilhões, enquanto que os países asiáticos e da Oceania receberam 167 milhões de visitantes, que por sua vez deixaram US$ 153 bilhões.
O continente americano e a região do Caribe receberam juntos durante 2006 um total de 136 milhões de turistas, que deixaram US$ 153,3 bilhões.
As nações do Oriente Médio receberam 40,7 milhões de turistas com um saldo de US$ 26,7 bilhões de dólares, enquanto que as regiões menos favorecidas pelo turismo foram a África do Norte e a África Subsaariana, com apenas 40,8 milhões de turistas e rendimentos de US$ 24,2 bilhões de dólares.
Em termos percentuais, a Europa concentra 54,2% do turismo mundial, seguida pela Ásia com 19,9%, pelas Américas com 16,2%, África com 4,9% e Oriente Médio com 4,8%.
O secretário-geral da OMT, Francesco Frangialli, destacou a evolução da chamada indústria limpa no continente americano.
"Cabe destacar que, no contexto americano, a América Central é a subregião que está crescendo mais. Recebeu em 2006 quase 7 milhões de turistas que deixaram cerca de US$ 5 bilhões", comentou Frangialli.
O secretário-geral da OMT ressaltou o fato de os países centro-americanos (Guatemala, El Salvador, Honduras, Nicarágua, Costa Rica, Panamá e Belize), apesar de possuírem prioridades próprias, terem consolidado a marca comum "América Central", para se posicionarem no competitivo mercado do turismo internacional.
Segundo Frangialli, as chegadas de turistas internacionais em 2006 aumentaram no continente pouco mais de 2,1%, a metade do crescimento médio mundial que foi de 4,9%.
A América do Norte, que concentra 66% do total de chegadas à região, puxou a média para baixo com seu modesto crescimento: 0,9% .
Apesar da evolução favorável do turismo, o secretário-geral da OMT considerou que ainda está presente o fantasma dos atentados de 11 de setembro de 2001 em Nova York e Washington.
"A lembrança do 11 de setembro não desapareceu totalmente nos Estados Unidos e a percepção deste destino nos grandes mercados emissores deve melhorar", comentou Frangialli.