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quinta-feira, 28 de março de 2024

Ministro Silas Rondeau pede demissão a Lula

2007-05-23 00:15:00

No cargo desde 11 de julho de 2005, o engenheiro eletricista Silas Rondeau é apontado pela Operação Navalha, da Polícia Federal, como receptor de uma propina de R$ 100 mil.

O dinheiro teria sido supostamente pago pela construtora Gautama, acusada pela PF de coordenar um esquema destinado a fraudar licitações, desmontado pela Operação Navalha.

O ministro nega ter recebido propina para favorecer a Gautama. Mas, aconselhado pelos padrinhos políticos, os senadores José Sarney (PMDB-AP) e Renan Calheiros (PMDB-AL), decidiu responder à acusação fora do governo. Para os dois senadores, a permanência de Rondeau seria negativa para o governo e para o partido.

A saída de Rondeau foi confirmada pelo governo federal por meio de nota à imprensa, após um dia de reuniões do ministro com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e com os colegas Tarso Genro (Justiça) e Dilma Rousseff (Casa Civil), no Palácio do Planalto. Antes de se reunir com o ministro, o presidente esteve José Sarney e Renan Calheiros.

"Acho correto [a saída] porque ele é correto e decente e tem o dever de deixar o presidente Lula numa situação confortável", afirmou José Sarney ao G1.

Segundo informou Cristiana Lôbo, Sarney já apresentou nomes para suceder Silas Rondeau.

Assim que a exoneração de Rondeau for publicada no "Diário Oficial da União", o cargo de ministro passará a ser ocupado interinamente pelo secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Nelson Hubner.
  
 Denúncia – Os R$ 100 mil que Rondeau supostamente recebeu teriam sido entregues por Fátima Pereira, representante da empresa Gautama, por meio do assessor especial do Ministério, Ivo Almeida Costa.

O depoimento de Ivo Costa à ministra do Superior Tribunal de Justiça, Eliana Calmon, ocorreu nesta terça (22) e durou cerca de uma hora. Após depor, teve a prisão revogada pela ministra.

 Gravações – Silas Rondeau foi citado em conversas entre integrantes do grupo de Zuleido Veras, dono da construtora Gautama, divulgadas no último domingo pelo programa "Fantástico", da TV Globo. Veras é acusado de ser o chefe do esquema de fraude em licitações, superfaturamento e desvio de dinheiro público.

Numa das gravações, Zuleido Veras conversa com o irmão, Dimas Veras, sobre um encontro que teve com o ministro no dia 27 de fevereiro.

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