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quinta-feira, 25 de abril de 2024

Cesta básica registra queda de 1,06% em abril

2007-05-15 03:34:00

O Índice da Cesta Básica Alimentar, composta por 15 itens de gêneros alimentícios, registrou em abril o valor de R$ 168,29, variação negativa de -1,06% em relação ao mês de março (R$ 170,10), em Campo Grande. Os dados são da pesquisa realizada pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento, da Ciência e Tecnologia (Semac). A variação acumulada nos últimos 12 meses chegou a 5,20%, no período de seis meses, a 15,99%, e a variação no ano de 2007 foi de 9,78%.       

Entre os 15 produtos que compõem a Cesta Alimentar, sete apresentaram variações positivas: batata (23,40%); arroz (9,62%); pão francês (4,95%); macarrão (1,68%); banana (1,46%); leite (0,92%) e laranja pêra (0,77%). Os produtos que registraram quedas: tomate (-6,50%);  alface (-5,33%);  margarina  (-4,86%);  açúcar cristal (-4,31%); carne (-3,79%); e feijão (-3,60%). Os produtos que mantiveram seus preços foram: óleo e sal.

A batata continua em alta (23,40%). O arroz registrou aumento (9,62%) ocasionado pela diminuição da produção devido a fatores climáticos. Segundo o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), com a quebra da safra nacional do trigo, ocorreu maior importação do produto e, conseqüentemente, aumento nos preços do pão francês (4,95%) e do macarrão (1,68%).


Já o tomate registrou queda (-6,50%), interrompendo uma alta contínua de sucessivos meses por causa das intensas chuvas que prejudicaram a produção dessa cultura. No açúcar cristal também houve uma redução (-4,31%) devido ao início da colheita da cana-de-açúcar em abril e conseqüente aumento na oferta.


Do total da renda recebida em abril (salário mínimo de R$ 350,00), 48,08% ficou comprometida para adquirir a cesta, restando R$ 181,71 para atender as outras necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros serviços; em relação ao mês anterior, o trabalhador teve uma economia de R$ 1,81. Em relação às horas trabalhadas, o trabalhador precisou despender 105 horas e 47 minutos para adquirir a cesta, conforme a Constituição Federal/1988; no levantamento anterior (março), foram necessárias 106 horas e 55 minutos. 

Cesta Básica Familiar- Em Campo Grande, o índice da Cesta Básica Familiar (cinco pessoas), em abril apresentou uma variação positiva de 0,71%, registrando custo de R$ 834,62, e em março foi de R$ 828,71, aumento de R$ 5,91 em relação ao mês anterior. Quanto às variações acumuladas, a pesquisa apurou uma variação positiva de 8,12% no ano de 2007, nos últimos 12 meses de 8,01% e nos últimos seis meses de 9,89%.


Dos 44 produtos pesquisados, 29 apresentaram alta, 14 apresentaram queda e o óleo permaneceu com seu preço inalterado. A pesquisa registrou para o grupo alimentação (32 produtos), as seguintes altas: batata (23,48%); arroz (9,62%); fubá (8,50%); cebola (8,20%); alho (7,83%); peixe (6,38%); queijo caipira (5,31%); doces (5,06%); pão francês (5,02%); mandioca (4,35%) e farinha de trigo (4,07%). As maiores quedas foram: couve (-10,31%); cenoura (-9,75%);   frango (-6,99%);   tomate  (-6,59%); alface (-5,33%); margarina (-5,00%) e açúcar cristal          (-4,36%).


Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), houve uma retração na área cultivada e na produtividade do arroz, esta última devido a fatores climáticos, o que gerou um aumento no preço do arroz (9,62%). De acordo com informações do Instituto Centro de Estudos de Safras e Mercados (Cepa), o plantio da safra do milho terminou atrasado em abril nos Estados Unidos, o que pressionou a alta dos preços nos mercados internacionais. Desta forma, a elevação das exportações brasileiras do produto recai em alta em seus derivados (fubá 8,50%) no mercado interno. A elevação do preço do alho (7,83%) foi influenciada pelas aquisições externas do produto.


O trigo também sofreu com influências climáticas, gerando uma queda de produtividade, aumentando o preço do pão francês (5,02%) e da farinha de trigo (4,07%). O preço do tomate, segundo o Dieese, também apresentou redução em 14 capitais, não sendo diferente em Campo Grande (-6,59%).


O grupo limpeza doméstica (sete produtos) sinalizou uma variação positiva de 3,32%, destacando-se os seguintes produtos: detergente (11,11%); cera em pasta (7,94%) e sabão em barra (5,77%). Já o grupo higiene pessoal (cinco produtos) apresentou uma variação positiva de (0,15%) em destaque para: absorvente (10,27%); papel higiênico (4,84%) e dentifrício (1,56%). Vale destacar a variação negativa dos produtos lâmina de barbear e sabonete com (-9,20%) e (-8,33%), respectivamente.   


Em termos de renda versus salário-mínimo, a pesquisa verificou que houve um comprometimento de 47,69% do valor total da renda familiar, considerando cinco salários mínimos, R$ 1.750,00, para atender uma família composta por cinco pessoas. 






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