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terça-feira, 16 de abril de 2024

Ministro quer Exército no combate à febre aftosa

2007-04-23 11:17:00

O ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, que elegeu como prioridade o combate à febre aftosa, admite usar o Exército em ações de fiscalização nas fronteiras com países considerados críticos, como Bolívia e Paraguai. A última vez que a União utilizou o Exército no apoio à fiscalização do controle sanitário animal na região de fronteira foi em 2004, sendo denominada de “Operação Boiadeiro”.

No época, segundo semestre de 2004, foram disponibilizados recursos para permanência do Exército durante 35 dias na região onde foi detectada a IBR (Infecção Rinotraqueite Bovina) no gado paraguaio e que pôs em alerta as autoridades sanitárias brasileiras. Agora, apesar de o ministro desejar o retorno dos militares à região de fronteira, não há dinheiro para atender as propostas, como o próprio governo admite, mesmo sendo o Brasil o maior exportador de carne bovina e de ter faturado, entre janeiro e fevereiro de 2007, US$ 690 milhões (R$ 1,4 bilhão), 52,8% mais que em igual período de 2006.

O orçamento continua minguado, apesar de a EU (União Européia) manter o embargo à carne de algumas regiões brasileiras, como em Mato Grosso do Sul e no Paraná, onde, na quinta-feira, o Frigorífico Garantia, um dos maiores da região, demitiu 800 empregados. O Garantia, que já havia demitido 600 trabalhadores no início da crise, justifica as dispensas com o fato de que a unidade do Paraná é especializada em cortes para exportação.

O orçamento de 2007, aprovado para o setor de defesa sanitária do Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), que reúne as defesas animal e vegetal, foi de R$ 265 milhões. Cortada na aprovação final, a dotação ainda sofreu contingenciamento de 20% em março. Hoje, o valor é de R$ 127 milhões, 6% menor que os R$ 135 milhões executados em 2006.

O ministro Stephanes garantiu, durante a semana, que técnicos da Pasta preparam um estudo para dimensionar a estrutura para combate à febre aftosa, além de adequar o orçamento às necessidades da defesa sanitária no Brasil. “Entre 60 e 90 dias, teremos esse levantamento pronto”, disse o ministro.

Stephanes admite que a defesa agropecuária é “um ponto sensível”, porém, a promessa de que não faltará dinheiro para ações de defesa animal, feita na reunião com secretários de Agricultura de 16 Estados e do Distrito Federal, divide opiniões. “Acredito que ele (Stephanes) vai arrumar dinheiro”, disse o pecuarista Antenor Nogueira, presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil).

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