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quinta-feira, 28 de março de 2024

Autores de chacina podem ser condenados a 150 anos

2007-04-18 08:02:00

O promotor de Justiça João Linhares Júnior, da 4ª Promotoria de Justiça de Dourados, protocolou ontem denúncia contra os autores da chacina em que foram vítimas um casal, uma criança e um adolescente. A acusação formal contra os indiciados foi encaminhada à 1ª Vara Criminal de Dourados.

O crime aconteceu no dia 25 março, na Rua Filinto Muller, no Jardim Santa Maria, onde uma família foi executada enquanto dormia. Segundo o promotor, o pedreiro Abrão Israel Lucas foi morto com dois tiros, um no peito e outro nas costas enquanto se debatia.

Já Vera Lúcia Leonardo Daleaste, esposa de Abrão e funcionária da Escola Estadual Celso Muller do Amaral, e os dois filhos de Abrão, Bruno Rodrigues de Oliveira, 13 anos, e Natália Rodrigues Lucas, 8 anos, foram baleados nas cabeças e com tiros à curta distância.

Conforme o promotor, na denúncia estão sendo imputados aos indiciados Cléber Júnior Garces, também conhecido como “Caiçara”, e Fábio Teixeira Severo, quatro homicídios qualificados e furto qualificado. “Há indícios veemente de autoria que recaem sobre o Cleber e o Fábio. Contra o primeiro, há também outra acusação, posse ilegal de arma de fogo”, diz.

De acordo com a Promotoria, Cléber Júnior Garces poderá ser condenado a penas que variam de 151 anos a 59 anos de prisão, enquanto Fábio Teixeira Severo pode pegar entre 148 anos a 58 anos, caso os jurados acolham a acusação do MPE(Ministério Público Estadual).

O promotor acrescenta ainda que as penas serão aumentadas de um terço para cada um dos acusados devido à morte de duas vítimas menores de 14 anos. Eles serão levados à juri popular. “É a sociedade de Dourados quem vai julgar”, ressalta.

Uma terceira pessoa envolvida, Cláudio Eduardo Farias Teodoro, o “Dudu”, está sendo processada por receptação dolosa de produtos furtados. “Ele não participou da prática dos homicídios, mas recebeu dos autores um aparelho de DVD”, explica Linhares, completando que a pena para ele pode variar entre um a quatro anos de prisão.

Além da denúncia, a Promotoria está determinando a reconstituição do crime e o exame de microbalística, que devem ocorrer em outra fase do processo. Conforme informações divulgadas pela Polícia, a chacina aconteceu por causa de uma reclamação acerca de um som em alto volume durante festa na casa do autor da chacina.

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