26.8 C
Amambai
quinta-feira, 28 de março de 2024

Mercados paraguaios prejudicam comércio de Ponta Porã

2007-04-04 07:41:00

Além da abertura de novos postos de combustível Pedro Juan Caballero, cidade paraguaia que faz divisa com Ponta Porã, também sai na frente na reativação da economia de produtos de primeira necessidade na fronteira.
O investimento em supermercados na cidade vizinha tem tirado o sossego de comerciantes brasileiros. No ano passado muitas redes decidiram baixar preços para tentar recuperar o consumidor que atravessou a fronteira para fazer compras “o processo de recuperação foi lento. Dez meses trabalhando para conseguir trazer de volta pelo menos trinta por cento dos nossos clientes. Agora mais um hipermercado de uma rede grande como esta pode prejudicar todo esse trabalho”, comenta o gerente de um supermercado na cidade, Amarildo.
A estratégia para esta recuperação foi reduzir os preços de centenas de produtos em vinte por cento “foi necessário para chamar de volta o consumidor. Agora vamos esperar para ver como fica a situação para podermos tomar futuras providências. O que não queremos é perder mercado mais uma vez”, completa ele.
Em outra rede a preocupação é a mesma. Com mais um hipermercado, no maior centro de compras da fronteira, a concorrência vai ficar cada mais difícil. O mercado também registra uma recuperação de vinte e oito por cento, se comparado este período com o mesmo do ano passado “uma situação que afeta a todos nós. A saída é investir em promoções e prazos. O que não podemos é querer falar em equiparação de preços”, comenta o gerente Valmir Frediani.
Além disso os comerciantes brasileiros ainda enfrentam um outro problema: os impostos são caros demais, quarenta por cento do valor dos produtos são para pagamento de tributos.
Paraguai
Situação que não ocorre no país vizinho. Com uma tributação baixa os comerciantes conseguem vender produtos mais baratos sem perder o investimento. O primeiro hipermercado da rede, Maxi I, tem uma construção de cinco mil e duzentos metros quadrados. Este inaugurado no início da semana tem sete mil e quinhentos metros quadrados. Mantém o mesmo número de produtos: cinqüenta mil “no Maxi II são sete setores distribuídos para a melhor comodidade do cliente. Ainda temos floricultura e farmácia dentro do hipermercado”, comenta o gerente Victor Leonardo Silva. Há também o investimento em pessoal.
Com a abertura de mais um hipermercado as oportunidades de trabalho aumentam “são cento e setenta funcionários, desse número trinta por cento são brasileiros”, ressalta Silva.
O maior hipermercado da fronteira foi inaugurado na melhor fase da economia. O dólar está em queda. Na semana passada a moeda americana chegou a ser comercializada a dois reais e dois centavos. Mesmo tendo um mercado paralelo na comercialização do dólar na cidade vizinha, o consumidor sai ganhando porque os produtos ficam mais baratos.
O cliente ainda tem a chance de pagar com o cartão de crédito “o cliente compra agora e vai pagar daqui um mês o valor referente ao dólar do dia no câmbio oficial do Brasil que, geralmente, é mais barato”, explica ele. No Shopping China o cartão de crédito representa mais de sessenta por cento das vendas.

Leia também

Edição Digital

Jornal A Gazeta – Edição de 28 de março de 2024

Clique aqui para acessar a edição digital do Jornal...

As Mais Lidas

INSS suspende bloqueio de benefício por falta de prova de vida

O Ministério da Previdência Social decidiu que, até 31...

MDB anuncia nesta sexta pré-candidatura de Sérgio Barbosa a prefeito em Amambai

Vilson Nascimento Um ato do Movimento Democrático Brasileiro (MDB) previsto...

Portuguesa vence Náutico por 2 a 0 diante da torcida

Vitória do time rubro-verde de Mato Grosso do Sul!...

Enquete