2007-04-02 16:15:00
Os policiais federais de Mato Grosso do Sul não aderiram a paralisação nacional programada para a próxima quarta-feira, conforme informou a presidente do Sindicato dos Policiais Federais, Cristiane do Valle. Ela ressalta que os policiais do Estado vão aguardar a reunião marcada para o dia 10 e dependendo do resultado da reunião irão realizar uma marcha rumo a Brasília (DF).
Segundo o presidente da Fenapef (Federação Nacional dos Policiais Federais), Marcos Vinício Wink, o resultado das negociações com o governo na quarta-feira, dia 28, foi "muito ruim". A categoria promete realizar operação-padrão em todos os aeroportos e postos de fronteira nesta quarta-feira.
De acordo com Winck, os servidores da PF, tinham grande expectativa em relação à reunião com o Ministério do Planejamento depois da intervenção do ministro da Justiça, Tarso Genro, na negociação. Mas que o resultado do encontro foi "extremamente frustrante". Abespinhados com declarações feitas na semana passada pelo ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, delegados e policiais federais de todo país acenam com a hipótese de deflagrar em todo país manifestações por melhorias salariais.
A ameaça dos funcionários da PF, que se declaram “em estado de greve”, foi feita por escrito, em carta enviada a Paulo Bernardo, na última sexta-feira, dia 30, pelo presidente da ADPF (Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal), Sandro Torres Avelar. Dois dias antes, referindo-se a uma paralisação de advertência de 24 horas realizada na véspera pela PF, o ministro classificara o movimento de "precipitado".
Na mesma entrevista, Paulo Bernardo negara a existência de um compromisso do governo de conceder reajuste salarial à PF. "Vocês não vão achar que nós saímos por aí prometendo reajustes para todo mundo. Nós queremos fazer isso avaliando aquilo que é reivindicado, se é justo. Se tiver procedência a reivindicação, pode ser atendida, se nós tivermos também recursos para isso."Foi esse ponto da fala do ministro que mais acirrou os ânimos das entidades de classe da PF. Na carta ao ministro, a ADPF declarou-se “surpresa” com o fato de Paulo Bernardo desconhecer “o compromisso” do governo.