2007-03-24 02:10:00
Uma megaoperação realizada pela Polícia Civil nesta sexta-feira em todo o país resultou na prisão de 1.675 pessoas apenas no Estado de São Paulo –315 delas na capital. Do total, cerca de 700 suspeitos foram liberados após depoimento, mas assinaram um termo no qual se comprometem a se apresentar à Justiça durante o processo.
A operação foi organizada pelo delegado-geral da Polícia Civil de São Paulo, Mário Jordão Toledo Leme, que é também presidente do Conselho Nacional de Chefes de Polícia, e teve consentimento dos governos estaduais, sem interferência do governo federal. Leme afirma que o objetivo principal da ação é combater o tráfico de drogas, seqüestros e roubos.
Durante a operação, foram apreendidos no Estado 321 quilos de drogas –cocaína, maconha e ecstasy– e 640.606 objetos que seriam fruto de ações criminosas –como contrabando, descaminho e pirataria.
Balanço apresentado pela polícia mostra que, do total de prisões, 208 foram feitas em flagrante e 257 foragidos da Justiça foram recapturados. Foram detidos 219 menores de idade.
Os policiais cumpriram 1.395 mandados de prisão e de busca e apreensão no Estado. Ao longo do dia, foram apreendidos 1.634 veículos e 257 armas. No total, 49.297 pessoas foram abordadas, e 70 estabelecimentos comerciais foram fechados.
De acordo com Toledo Leme –há três meses à frente da Polícia Civil e um mês na presidência do conselho–, é a primeira vez que acontece esse tipo de operação integrada com as Polícias Civis dos 26 Estados e do Distrito Federal. Não foi divulgado um balanço sobre a operação em todo o país.
Saldo
Três pessoas foram mortas em confrontos, segundo a polícia. Entre eles está um suspeito de chefiar uma quadrilha de assaltantes que roubavam notebooks no aeroporto de Congonhas.
Contra o suspeito, de nome Anderson, havia cinco mandados de prisão. De acordo com os policiais, ele estava em uma casa no Jardim Miriam (zona sul) quando foi abordado pelos policiais. Segundo a polícia, Anderson atirou contra os policiais e foi morto.
Durante os trabalhos, cinco suspeitos de envolvimento em agressões a homossexuais foram presos. Uma quadrilha de seis pessoas, que desviava mercadorias do porto de Santos (litoral paulista), também foi detida durante a megaoperação.