2007-02-16 18:16:00
A conta de luz vai aumentar em todo o país, por conta do aumento de US$ 1,19 para US$ 4,20 por milhão de BTU no preço do gás boliviano pago pela Termocuiabá. A informação partiu do ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, revelando que o repasse será de 0,2% para os consumidores de 34 distribuidoras que representam boa parte do Sistema Interligado Nacional (todo o país menos a região Norte).
Esse aumento deverá ser aplicado à conta dos consumidores pela Agência Nacional de Energia Elétrica, no momento do cálculo do reajuste anual das tarifas de cada uma dessas distribuidoras de energia. Assim, o impacto desse aumento do gás não será pago nem pela Shell, que é a controladora da usina, nem por Furnas, que compra a energia gerada pela Termocuiabá, e sim pelos consumidores finais.
Rondeau justificou a atitude do governo de intermediar uma negociação entre as duas empresas (a termoelétrica e a estatal boliviana YPFB) por temer que os bolivianos pudessem interromper o fornecimento de gás à termoelétrica, o que poderia comprometer não somente o abastecimento de energia em Cuiabá, como o mercado de gás natural na região. Rondeau afirmou que havia no contrato da Termocuiabá com a Bolívia um desequilíbrio econômico e financeiro, uma vez que o preço que estava sendo pago pelo gás era muito inferior ao que é pago pela Petrobras pelo combustível que é transportado pelo gasoduto Brasil Bolívia. Segundo ele, os bolivianos argumentavam que o preço pago pelo gás com a Termocuiabá não era suficiente para cobrir os custos