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quinta-feira, 28 de março de 2024

Estados querem Exército no "combate" a aftosa na fronteira

2007-02-14 09:18:00

Os 11 Estados produtores e exportadores de carne bovina vão exigir do governo federal a criação de uma vigilância sanitária permanente com a presença do Exército nas fronteiras com Argentina, Paraguai e Bolívia, principalmente nos dois últimos países. O objetivo é impedir a entrada de gado contaminado pela febre aftosa.

Reunidos ontem em Belo Horizonte (MG), os secretários da Agricultura dos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Santa Catarina, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Tocantins, Sergipe e Goiás cobraram "compromisso político" do governo com a formação dessa zona ativa de vigilância na fronteira, que é uma determinação da OIE (Organização Internacional de Sanidade Animal).

Por falta desse controle nas fronteiras, quase todos os Estados perderam o status de área livre de febre aftosa com vacinação, o que põe em risco as exportações do país, dizem. "Esse cenário de fronteira é conhecido há muitos anos […] É função do governo controlar as fronteiras", disse Altino Rodrigues Neto, presidente do Fórum Nacional das Empresas de Sanidade Animal.

A situação revolta alguns Estados, sendo que em Minas Gerais, por exemplo, o secretário Gilman Viana Rodrigues informa que há 12 anos não registra aftosa, mas perdeu o status de área livre. Até Santa Catarina, que manteve o status, diz-se prejudicado, segundo o secretário Antônio Ceron. “Na hora de exportar, vale mais para o comprador a procedência do país e não a marca catarinense”, reclama.

Os governadores tomarão conhecimento da reunião e caberá a eles fazer gestões com o presidente Lula. João de Almeida Sampaio Filho, secretário no Estado de São Paulo, disse que, embora o governo Lula já tenha colocado essa questão como prioridade, ainda falta a prática. "O que preocupa é que, olhando não as palavras, mas as ações, como o PAC e o contingenciamento do Orçamento, [o governo] continua enxergando defesa sanitária como despesa, e não como investimento."

O país tem até maio para implementar a zona de alta vigilância. Isso porque a OIE vai se reunir em Paris e, antes disso, enviará técnicos ao Brasil para uma nova avaliação. Se houver o cumprimento das determinações, os Estados poderão recuperar o status anterior. O secretário de Minas Gerais disse que o projeto com as medidas será apresentado ao governo em até 30 dias.

A União entraria com recursos financeiros e humanos (técnicos e Exército). Os Estados operariam a zona de vigilância. O Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) informou que só irá se manifestar quando receber oficialmente a exigência dos Estados.

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