2007-02-12 03:22:00
Depois de um protesto de grupos indígenas e ativistas em Campo Grande na quinta-feira e a ida do governador André Puccinelli a Brasília no mesmo dia para pedir que a União assuma o fornecimento de cestas básicas, a Funasa (Fundação Nacional de Saúde) informou que vai atender as comunidades. A preocupação é que a suspensão na entrega de cestas que eram de atribuição do governo estadual traga de volta desnutrição de índios e mortes de crianças, como registrado no começo de 2005.
Em Dourados, por exemplo, cerca de 1,7 mil cestas deixaram de ser fornecidas. Nesta sexta-feira, Puccinelli comentou que a Funasa teria assumido a entrega emergencial de 5,5 mil cestas. Conforme a Funasa, cabia ao governo estadual fornecer 10 mil cestas.
A fundação diz que, “informalmente”, fazia distribuição em algumas regiões do Estado. Conforme a assessoria, serão atendidas 5.916 famílias, em oito municípios do estado: Dourados, Amambai, Antônio João, Caarapó, Iguatemi, Paranhos, Sidrolândia e Tacuru.
Além de cobrar do presidente da Funasa, Paulo Lustosa, ajuda com as cestas, o governador pediu ainda a interferência do Incra, em relação a cerca de 9 mil famílias acampadas, e falou também com o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, que ficou de dar resposta na semana que vem.
O Governo Puccinelli cortou, logo que assumiu, auxílio a 80 mil famílias, atendidas pelo Bolsa Escola e Segurança Alimentar. A alegação foi a falta de recursos. Nesta sexta, Puccinelli diz que um recadastramento completo das famílias deve ser concluído até outubro. Ele não falou em prazo de retomada dos programas.