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sexta-feira, 26 de abril de 2024

Operações militares brasileiras assuntam o Paraguai

2007-11-21 17:24:00

A notícia de que as Forças Armadas do Brasil (Exército, Marinha e Aeronáutica) estariam simulando eventuais operações de resgate de brasileiros que vivem no Paraguai e na Bolívia, em caso de conflitos ou reviravoltas políticas, assustou as autoridades paraguaias, informou o noticioso Sopa Brasiguaia na edição desta terça-feira.


O motivo para tal temor é a defasagem da estrutura das três armas, que apesar de necessitarem de uma reforma institucional urgente, seguem com a mesma organização hierárquica deixada pelo ex-ditador Alfredo Stroessner, cujo regime chegou ao final em 1989.

De lá pra cá, enquanto Brasil e Argentina mantiveram seus investimentos e, mais recentemente, a Bolívia aderiu à corrida armamentista, com o apoio do venezuelano Hugo Chávez, as Forças Armadas paraguaias flutuam no limbo da incerteza.

Para o jornal ABC Color, a situação pode ser resumida da seguinte forma: batalhões vazios, infra-estruturas gigantescas, sem uso, que antes serviam para um Exército de 17 mil recrutas, mas que agora recebe pouco mais de dois mil jovens ao ano.

Como se não bastasse, dos 42 generais, a maioria está concentrada nas regiões centrais do país, relegando à fronteira postos de vigilância precários, compostos por quatro soldados. Na Força Aérea e na Marinha, a situação não é melhor, com a falta de equipamentos básicos, como radares.

“Internamente, tudo está, ainda que em franca decadência, do jeito que o regime de Alfredo Stroessner deixou, e em cuja época transformou-se as forças militares em uma estrutura de saques e de abusos, maltratos e morte de jovens”, analisa o jornal.

Como fatores positivos, o ABC Color destaca que “houveram, sim, muitas mudanças práticas nas missões dos suboficiais, nos salários dos historicamente relegados e no tratamento dos mais jovens. Diminuiu o nível de insegurança nos quartéis […] e os bolsões de corrupção”. Para o próximo ano, as Forças Armadas do Paraguai receberão um incremento de 30% em seu orçamento, reajuste considerado insuficiente para que as tarefas mínimas, previstas pela Constituição, sejam executadas.

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