2007-10-29 08:05:00
Em reportagem publicada ontem (domingo) pela Folha de S.Paulo, com o título “Suíça coroa reabilitação de cartola”, referindo-se a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014, o presidente da Confederação Brasileira de Futebol, Ricardo Teixeira, diz que o senador Delcídio Amaral (PT/MS) foi quem abriu as portas do Governo Lula para a CBF, e que a partir daí a entidade começou a atrair o apoio oficial necessário para que o país conquistasse o direito de sediar a principal competição esportiva do planeta. A escolha do Brasil será oficializada pela FIFA nesta terça-feira, em Zurique, com a presença do presidente Luis Inácio Lula da Silva.
A Folha lembra que em 2001 o dirigente Ricardo Teixeira enfrentou duas CPIs no Congresso, e tinha na linha de frente de sua defesa em Brasília um grupo de parlamentares do baixo clero que passou a ser conhecido pelo nome de “bancada da bola”. A reação, de acordo com a reportagem, começou em 2002 “e o primeiro canal de inserção do cartola no PT, até então hostil à CBF, entidade historicamente ligada aos partidos descendentes da ditadura militar (1964-1985), foi o senador Delcídio Amaral”.
Ainda de acordo com a Folha de S.Paulo, Ricardo Teixeira também não gostava do PT, “mas tinha declarado o PSDB inimigo porque a sigla do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso turbinara as CPIs” de 2001. A matéria destaca que “o instinto de sobrevivência política de Ricardo Teixeira e um assessor com trânsito no PT o levaram até o senador Delcídio". Assim, conforme a reportagem, “iniciou-se um namoro entre a entidade e o partido que se transformaria em noivado”, e que levará o Brasil a sediar a Copa do Mundo de 2014.
