2007-10-22 18:30:00
Um estudo realizado pela FGV Projetos (Divisão de Projetos Especiais da Fundação Getúlio Vargas), intitulado de "Efeitos do Preço da Energia no Desenvolvimento Econômico", divulgado nesta segunda-feira (dia 22), revela que o preço médio da energia elétrica no Brasil terá aumento de 20,3% até 2015. O setor industrial terá de absorver reajuste ainda maior: 34,5%.
A situação afetará o desempenho da economia brasileira e comprometerá o índice de desenvolvimento humano no País. O estudo faz parte do Projeto Energia Competitiva e será apresentado no dia 30, em Brasília.
O cenário reflete a escassez de projetos hidrelétricos, a expansão da matriz térmica (de fontes mais caras) e vencimento dos contratos de energia velha a partir de 2012 (aquela de usinas já construídas).
O trabalho de 19 páginas traz projeções de crescimento econômico e de consumo de energia elétrica no Brasil e no mundo até 2015, além das estimativas de aumento dos custos. A equipe do projeto, liderada pelo professor Fernando Garcia, mostra os efeitos de dois cenários com diferentes trajetórias de preços na vida do consumidor.
Em um deles, o valor cobrado pelo megawatt/hora (MWh) permanece no nível registrado em 2006. No outro, eleva-se o preço da energia dos consumidores industriais, com efeitos sobre os custos, nível de atividade econômica e a velocidade de desenvolvimento humano do País.
O resultado é preocupante. A elevação dos preços compromete o índice desenvolvimento humano do País, que seria ultrapassado por, pelo menos, quatro importantes nações: China, Tailândia, Turquia e Irã.