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quinta-feira, 18 de abril de 2024

Angus Deaton vence o Prêmio Nobel de Economia

2015-10-12 10:00:00

Angus Deaton venceu o Prêmio Nobel de Economia 2015. A justificativa foi "sua análise do consumo, pobreza e bem estar". O anúncio foi feito na manhã desta segunda-feira (12) em Estocolmo, na Suécia.

Deaton é cidadão britânico e norte-americano. Nasceu em 1945 em Edimburgo, na Escócia. PhD em economia pela Universidade de Cambridge, no Reino Unido, ele é professor de economia e relações internacionais na Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, desde 1983.

O Nobel de Economia tem uma recompensa de 8 milhões de coroas suecas (US$ 950 mil).

"Para projetar uma política econômica que promova o bem estar e reduza a pobreza, devemos primeiro entender as escolhas de consumo individuais", disse o corpo premiações ao anunciar o prêmio. "Mais do que ninguém, Angus Deaton tem reforçado esse entendimento."



"Ao vincular as escolhas individuais detalhadas e resultados agregados, sua pesquisa tem ajudado a transformar os campos da microeconomia, macroeconomia e economia do desenvolvimento", destacou ainda a justificativa da Academia Real das Ciências da Suécia.



O trabalho pelo qual Deaton foi premiado é baseado em três questões centrais: como os consumidores distribuem seus gastos entre diferentes bens? Quanto da renda da sociedade é gasto e quanto é poupado? Como podemos medir e analisar melhor o bem estar e a pobreza?

Consumo

Segundo os estudos de Deaton, avaliar a distribuição de gastos dos consumidores é importante não apenas para explicar e prever padrões de consumo, mas também para avaliar a forma pela qual reformas políticas, como mudanças em impostos, afeta o bem estar das pessoas em diferentes grupos sociais.

Nos anos 80, o professor desenvolveu o "sistema de demanda quase ideal", como forma de estimar como a demanda por cada mercadoria depende do preço de todos os produtos e rendimentos individuais.

Renda gasta e poupada

Para explicar a formação de capital e as magnitudes dos ciclos de negócios, é necessário entender a interação entre renda e consumo ao longo do tempo, destacou a Academia Real das Ciências da Suécia. Em estudos realizados nos anos 90, Deaton apontou que a teoria de consumo prevalecente não poderia explicar as relações reais do assunto se o ponto de partida fosse a renda e o consumo agregados.



Em vez isso, segundo o professor, deve-se analisar como as pessoas adaptam seus hábitos de consumo à sua renda individual, que flutua de maneiras diferentes.



De acordo com a Academia sueca, essa pesquisa demonstra claramente que a análise de dados individuais é a chave para para desembaraçar padrões em dados agregados, com uma abordagem que desde então se tornou amplamente adotada na macroeconomia moderna.



Bem estar e pobreza

Em suas pesquisas mais recentes, Deaton destaca como medidas confiáveis de níveis individuais de consumo das famílias podem ser usadas para discernir mecanismos por trás do desenvolvimento econômico. O estudo aponta que há "armadilhas" quando se compara a extensão da pobreza em diferentes épocas e locais.



A análise de Deaton exemplifica como o uso inteligente de dados domiciliares pode lançar luz sobre questões como as relações entre renda e consumo de calorias, além da extensão da discriminação de gênero nas famílias.



Segundo a Academia sueca, o foco de Deaton em pesquisas domiciliares ajudou a transformar a economia do desenvolvimento de um campo teórico com base em dados agregados em um campo empírico com base em dados individuais detalhados.



Últimos vencedores

Veja abaixo a lista dos 10 últimos ganhadores do Prêmio Nobel de Economia, com informações da agência France Presse:

2015: Angus Deaton (Reino Unido-Estados Unidos)

2014: Jean Tirole (França)

2013: Eugene Fama, Lars Peter Hansen e Robert Shiller (Estados Unidos)

2012: Lloyd Shapley e Alvin Roth (Estados Unidos)

2011: Thomas Sargent e Christopher Sims (Estados Unidos)

2010: Peter Diamond e Dale Mortensen (Estados Unidos), Christopher Pissarides (Chipre/Reino Unido)

2009: Elinor Ostrom e Oliver Williamson (Estados Unidos)

2008: Paul Krugman (Estados Unidos)

2007: Leonid Hurwicz, Eric Maskin e Roger Myerson (Estados Unidos)

2006: Edmund Phelps (Estados Unidos)

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