2014-10-18 12:09:00
Os policiais federais de MS paralisam as atividades na próxima semana, do dia 21 a 24 de outubro, segundo informações do Sinpef-MS (Sindicato dos Policiais Federais em Mato Grosso do Sul) na tarde desta sexta-feira (17).
A manifestação acompanha o indicativo do estado de greve da Federação Nacional dos Policiais Federais (Fenapef). No primeiro dia da paralisação (21), acontecerá um ato público às 18h em frente às unidades da PF em todo o Estado, visando informar a sociedade sobre o ato.
A categoria tem realizado vários movimentos solicitando a reestruturação da carreira.O último foi realizado em setembro junto aos servidores federais nas rodovias que cortam Dourados solicitando melhor estruturação da PF.
Segundo Jorge Caldas, presidente do Sinpef do Estado, o Governo Federal não tem atendido a categoria, quebrando o acordo da mesma com a publicação da Medida Provisória 657/2014, que beneficia somente o cargo de delegado da Polícia Federa, quebrando, segundo ele, o acordo firmado com os agentes, escrivães e papiloscopistas. “Essa MP vem na contramão do que necessitamos em geral pois beneficia apenas o cargo de delegado de polícia federal, é um dos motivos desse ato”, comenta.
Segundo a medida, apenas os delegados poderão construir carreira jurídica, ter autonomia da direção da Polícia Federal e outros benefícios, como indicação a cargos de confiança.
A paralisação pleiteia também a aprovação de MP 650/2014 que está para ser votada no Senado no próximo dia 28 e requer reajuste de 15,8% para a categoria e dispõe sobre a reestruturação da carreira de Policial Federal de que trata a Lei nº 9.266, que exige nível superior completo para a entrada.
“Somos a única categoria que não recebe reajuste há sete anos, caso não haja aprovação da MP agora, serão mais dois anos, essa situação é inadmissível”, destaca Jorge Caldas.
Caso a MP 650/2014 não seja aprovada, Jorge ressalta que deve haver uma grande crise na categoria, com greve por tempo indeterminado.
“Se essa MP não for aprovada ela vai caducar e nós ficamos sem o devido respeito e reconhecimento. Acredito em uma grande crise na polícia federal, com uma greve por tempo indeterminado como houve em 2007”, destaca.