2007-07-18 13:09:37
Um forte abraço no pai e em dois irmãos. Foi com emoção que Rodrigo Brites, 28 anos, celebrou a sorte que lhe tirou de uma lista de passageiros que, horas depois, se tornaria a relação de vítimas da maior tragédia da história da aviação brasileira. Rodrigo estava
O agrônomo Adilson Nascimento dos Santos, 30, que também é de Mato Grosso do Sul, também pode celebrar a sorte. Ele chegou atrasado ao Aeroporto Internacional de Porto Alegre, ontem, perdeu seu vôo. A companhia acabou conseguindo-lhe um assento no vôo seguinte, para o 3054.
Na última hora, quando faziam o check-in para embarcar, um grupo de comissários da companhia, com prioridade para o embarque, fez com que suas passagens fossem remarcadas. Saíram do vôo JJ-3054, horário de saída 16h55, e foram reencaixados no 3060, com decolagem prevista às 17h43.
Foi o acaso que ditou a diferença entre a vida e a morte dos dois: o Airbus A-320, do 3054, deixou o solo gaúcho às 17h16, e acabou envolvido num desastre ao tentar pousar
“Para mim, foi um susto, o nosso vôo desceu em Curitiba, o comandante disse apenas que havia ‘um problema’ em Congonhas, mas um passageiro ligou o celular e soube. Todo mundo ligou o celular e eles não paravam de tocar”, contou Rodrigo, agora há pouco, ao conseguir finalmente chegar a Campo Grande. Ele demorou para conseguir tranqüilizar a própria família. “Meu celular estava sem bateria, demorou até eu conseguir um emprestado”.
Adilson, o agrônomo, já conseguiu chegar a Brasília. “Meu irmão que tinha me levado no aeroporto, já estava voltando lá atrás de notícias, ele estava com a voz embargada”, conta o agrônomo, que é aluno de um curso de mestrado