2007-07-15 03:27:37
O deputado Geraldo Resende pode ter tomado uma decisão arriscada ao anunciar a saída do PPS e a possível filiação ao PMDB. Lideranças peemedebistas, consultadas pelo Midiamax garantem que ainda não há nada definido sobre quem será o candidato a prefeito em Dourados – pretensão principal do parlamentar ao se filiar à sigla. Alguns, dizem que é precipitado falar na filiação de Resende, e garantem que ela “não existe”.
Desde que a mudança de partido do parlamentar começou a ser cogitada, uma série de reações começou. Ari Artuzi, que se filiou ao PMDB no ano passado para disputar as eleições para deputado estadual, demonstrou indignação, chamou Resende de oportunista e tem falado, nos bastidores, que pode deixar a sigla. O motivo da indignação é o fato de Artuzi também desejar disputar as eleições em Dourados. Ele está a frente nas pesquisas e gaba-se da façanha. “Onde está o Geraldo?”, questionou ele durante a semana nos corredores da Assembléia.
Até o momento nenhum dos grandes nomes do PMDB manifestou publicamente qual será a decisão do partido. No entanto, “em off” – recurso jornalístico em que a fonte é mantida em sigilo – eles dizem que a candidatura em Dourados ainda está longe da definição. A escolha do candidato seria feita apenas nos meses que antecedem a eleição por meio de pesquisas quantitativas e qualitativas. O método já é velho conhecido de André Puccinelli, que usou as pesquisas para definir os candidatos a prefeito em Campo Grande em 2004 e ao Senado em 2006.
Baseado nisso, as lideranças acreditam que a entrada de Resende seria uma forma de garantir que a prefeitura fique com o PMDB em 2008 de qualquer forma. Ou seja, os dois principais candidatos estariam dentro do partido e disputariam entre si o direito a colocar o “bloco” na rua. “Os dois terão até a data limite para ver quem é o melhor, quem fica a frente das pesquisas”, explica um dos líderes do PMDB que representa o partido no Congresso Nacional.