2007-07-11 12:12:37
A Comissão Técnica de Agricultura, Seguro e Crédito Rural, Logística e Armazenagem da Famasul (Federação de Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), esteve em reunião ontem pela manhã para discutir o plano agrícola do governo federal e da política de comercialização de milho e do vazio sanitário da soja.
Conforme a Lei nº 3.333, publicada no Diário Oficial de 21 de dezembro de 2006, fica estabelecido o intervalo obrigatório de 90 dias no plantio da soja, durante a entressafra. O não-cumprimento da lei implica em advertências, multas de até mil Uferms (Unidade Fiscal Estadual de Referência de Mato Grosso do Sul) e destruição ou inutilização da soja cultivada.
De acordo com técnicos da Comissão, o vazio sanitário é considerado uma estratégia de manejo que visa reduzir os focos de fungos causadores de doenças, possibilitando, assim, prevenção, controle e erradicação da ferrugem asiática da soja em MS. A medida diminui, também, o uso de fungicidas na plantação. É o que comprova o presidente da Associação dos Produtores de Sementes de Mato grosso do Sul (Aprossul), Carmélio Roos. “Para a safra de 2005/2006, quando não tínhamos ainda o controle, foram usadas, em média, 2,5 aplicações de fungicidas. Na safra de 2006/2007, com apenas um ano do vazio sanitário, já se constatou redução de até uma aplicação, o que representa economia para o produtor”.
Implantando em Mato Grosso e em Goiás em 2006, a estratégia já foi estendida para o Tocantins, São Paulo, Minas Gerais e Maranhão. O Paraná estuda implantação para 2008. Cada estado adotou um calendário específico, mas, a idéia é que a data do vazio sanitário seja a mesma em todo o Brasil: de 1° de julho a 30 de setembro. O vice-presidente da FAMASUL, Eduardo Riedel, considera de extrema relevância a unificação das datas em todos os Estados. “Precisamos analisar as condições de produção e características próprias de cada região, contudo, padronizar a data é uma questão de funcionalidade”.
O gerente da Defesa Sanitária Vegetal da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Félix Rebouças, e a engenheira agrônoma da mesma instituição, Gláucia Ortiz, falaram sobre a importância da fiscalização e da necessidade do técnico responsável pela produção.
Participaram anda da reunião presidentes de sindicatos rurais de 10 municípios do Estado, representantes da OCB (Organização das Cooperativas Brasileiras), Acrissul (Associação dos Criadores de Mato Grosso do Sul), Cooperativa Regional de Comercialização do Extremo Oeste Ltda (CooperOeste) e Câmara Setorial de Logística de Armazenagem e Transporte.