2007-06-06 10:41:00
região do cone sul terá sete usinas produtoras de álcool e açúcar funcionando até 2009. E o número de empregos no setor vai aumentar significativamente.
O grupo Infinity Bio-Energy, que detém hoje a Usinav, em Naviraí, definiu projetos de expansão em quatro novas plantas industriais (satélites), duas em implantação (em Eldorado e Iguatemi), uma projetada e com viveiro de mudas em cultivo em Jateí e uma quarta ainda em local a ser definido. No ambicioso programa expansionista da Usinav, a diretoria já anunciou que pode chegar a ter 40 mil empregados em determinadas fases do processo agroindustrial.
Outro projeto é o da usina de álcool da Destilaria Centro-Oeste Limitada (Dcoil), do usineiro Nelson Donadel, que está sendo implantada em Iguatemi, com 600 funcionários, mas poderá ter 1,2 mil, quando entrar em operação, no próximo ano.
Donadel afirma que já construiu um dique de contenção para prevenir eventual vazamento de até 100 mil litros de álcool e que já começou a executar ao redor dos quatro tanques, com capacidade para 5,5 milhões de litros cada um, para evitar que haja qualquer risco de acidente ecológico, com resíduos do processo industrial chegando ao Rio Amambaí, mais de 500 metros distante da planta industrial.
ELDORADO – Recentemente, em Eldorado, a Usina Rio Paraná fez uma audiência pública para discutir o impacto ambiental do empreendimento que acontecerá em terreno doado pela prefeitura local, no qual deverão ser produzidos 100 milhões de litros de álcool e três milhões de sacas de açúcar ao ano, com geração de dois mil empregos.
O industrial Ernani Baré e um grupo de investidores paranaenses planejam investir R$ 8 milhões na empresa, e, com auxílio da prefeitura eldoradense, encaminharam projeto ao Conselho de Desenvolvimento Industrial do Estado – a fim de conquistar incentivos governamentais e financiamento via FCO (Fundo Constitucional do Centro-Oeste).
NAVIRAÍ – O presidente da Usinav, Sérgio Thompson Flores, disse que a capacidade de moagem da usina de álcool vai ser ampliada de dois para três milhões de toneladas de cana-de-açúcar ao ano, e para o cultivo deve ser utilizado um raio de 200 quilômetros no entorno do município para o plantio da cultura, em um espaço de 24 meses. Ele falou também que deve manter o quadro funcional (cerca de 2,5 mil), promovendo expansão e qualificação.
A pretensão é de ampliar de 23 mil hectares para 140 mil a 150 mil hectares de área plantada, a médio prazo. A Usinav, segundo seu presidente, não tem interesse em ampliar a capacidade de produção de açúcar (3,1 milhões de sacas de 50 quilos ao ano), embora deva manter a comercialização do produto.
No ano passado a Usinav tinha 25 mil hectares de cana, com a maioria do plantio em terras arrendadas. Esta quantia permite a produção de 80 milhões de litros de álcool, além do açúcar. Na safra 2005/2006, a Coopernavi moeu 1,8 milhão de toneladas, com mix de produção de 50% para açúcar e 50% para álcool. Nos próximos anos, a produção deve ser multiplicada, conforme houver a implantação das quatro usinas-satélites, planejadas para a região do cone sul.
PINDÓ – Outro grupo de empresários está elaborando um projeto de instalação de uma nova usina no município. A usina poderá ser instalada em uma região entre o Rio Paraná e a MS-141, e já tem até um viveiro de mudas em produção, mas não estão definidos os investimentos. A intenção de um consórcio de quatro usineiros paulistas é ter produção similar ao que produz atualmente a Usinav.
