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terça-feira, 16 de abril de 2024

De cada 10 “cuias” de tereré, só duas são produzidas em MS

2018-09-16 19:02:00

"MercadãoMercadão Municipal é um dos lugares favoritos para comprar erva em Campo Grande (Foto: Kísie Ainoã)

É praticamente impossível andar por Mato Grosso do Sul e não encontrar uma roda de tereré. Porém, o que poucos sabem é que a produção da erva-mate não chega a 20% do que é consumido no Estado. De acordo com a Agraer (Agência de Desenvolvimento Agrário e Extensão Rural), os produtores da região sul do Estado produzem, em média, 7 toneladas por hectare a cada dois anos. E só.

 
 

A estimativa é de que a maior parte do produto venha do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e também do Paraguai, maior influenciador da bebida gelada. Em Mato Grosso do Sul, são 300 produtores que se utilizam cerca de 400 a 500 hectares para a produção da erva-mate, espalhados por Sete Quedas, Paranhos, Coronel Sapucaia, Iguatemi, Japorã, Amambai, Aral Moreira, Antônio João, Ponta Porã e Tacuru.

Em grande escala, o Estado conta apenas com 11 empresas que produzem erva-mate. No Rio Grande do Sul, por exemplo, para efeitos de comparação, são mais de 300 empresas no ramo.

"JéssicaJéssica e Douglas aproveitam momento familiar para tomarem tereré (Foto: Kísie Ainoã)

Bebida está na rotina – Para quem é adepto, a origem pouco importa. Para o empreendedor Douglas Calixto, de 23 anos, tomar tereré é uma tradição. “Tomo todos os dias, além de tudo serve para hidratação. Acaba sendo um lazertambém”, diz. Ele vai além, diz que sempre mistura os sabores das ervas. “No Mercadão [Municipal] eu compro menta, Red Bull, tutti fruti, limão”.

Já a psicóloga Jéssica Vilhalba, de 29 anos, diz que a bebida é a oportunidade de se reunir com os amigos e familiares. “É um jeito de aproximar as pessoas. Hoje estamos tomando em dois, mas sempre compartilhamos o momento com amigos”, conta.

O atendente de farmácia Anderson Fernandes de Oliveira, de 31 anos, conta que não tem hora para tomar. “É de manhã, de tarde e de noite. Não importa para onde vou, tudo fica sempre no carro”, diz. Nascido em Antônio João, município localizado na região de fronteira com o Paraguai, conta que tomar tereré desde os 15 anos. “E sempre com erva tradicional. Não compro nem de caixinha, vou ao Mercadão e compro a tradicional mesmo. Meu negócio é água e erva pura”.

Para a técnica de enfermagem Luana de Almeida Lopes, de 30 anos, o consumo do produto é tão tradicional que passa para a próxima geração. “Todo mundo toma. Passa de geração para geração, comigo foi assim e minha filha, de dois anos, também já toma e gosta”.

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