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terça-feira, 16 de abril de 2024

Investir em gestão da saúde e segurança no trabalho dá retorno e reduz custos para empresas

2018-05-16 19:02:00

Para uma indústria, investir e implantar um comportamento preventivo no que diz respeito à saúde e segurança do trabalhador não é uma tarefa fácil. Além de ações para promover a seguridade no ambiente laboral, não se pode perder a agilidade dos processos e produtividade. Neste sentido, métodos bem delineados de gestão para estruturar adequadamente boas práticas e acompanhar o desempenho relacionado aos indicadores de segurança e saúde são essenciais para a conquista de resultados em qualquer empresa.

Desenvolver sistemas e processos de gestão é o papel do Centro de Inovação Sesi – Sistemas de Gestão em Saúde e Segurança no Trabalho, localizado em Campo Grande (MS), e que será inaugurado pelo presidente da Fiems, Sérgio Longen, para atender à indústria de todo o País. O evento integra a programação de “Maio – Mês da Indústria”, que conta com o patrocínio do Sebrae/MS.

Para mostrar como o tema impacta diretamente na competitividade das empresas e no dia a dia dos trabalhadores, o Sesi abordará, em uma série de reportagens especiais, as diversas linhas de pesquisa e atuação do Centro de Inovação do Sesi de Mato Grosso do Sul. Nesta segunda matéria, vamos mostrar como a gestão correta de SST reduz acidentes, aumenta a produtividade dos trabalhadores, reflete na redução de custos, e permite ao empresário conhecer melhor riscos, áreas críticas e processos que necessitam de mais atenção.

“Preocupando-se com a saúde do trabalhador, o empregador reduz custos diretos e indiretos, e pode evitar custos referentes a penalidades ambientais e trabalhistas. A gestão correta da saúde é fundamental dentro de uma empresa, porque as doenças ocupacionais e absenteísmo representam um alto custo", afirma a diretora de SST do Sesi de Mato Grosso do Sul, a médica do trabalho Adriana Rossignoli Sato.

Dados

O último estudo divulgado pela CNI (Confederação Nacional da Indústria) demonstra números alarmantes ligados a doenças ocupacionais nas indústrias. Os custos com saúde do trabalhador aumentaram quatro vezes nos últimos dez anos – 60% deste custo foi pago pelo setor privado – e, atualmente, o plano de saúde consome 12% da folha de pagamento das empresas.

“O empregador precisa refletir sobre algumas questões como 'Qual o valor de um funcionário saudável para minha empresa? Qual o custo do funcionário doente para a empresa? Quais ações vêm sendo desenvolvidas para assegurar o cumprimento de requisitos legais e outros quesitos aplicáveis à segurança e saúde dos colaboradores?'’, e, com estas respostas, aplicar o processo de gestão correto, permitindo que todas as variáveis sejam administradas de forma unificada e simultaneamente em um único sistema, o que garante resultados muito mais eficazes”.

Ainda conforme o estudo da CNI, as perdas econômicas com as chamadas doenças crônicas não transmissíveis, nas quais se incluem também as doenças ocupacionais, representaram US$ 7 trilhões entre 2011 e 2025 nos países de baixa e média renda.

O Centro de Inovação

As pesquisas do Centro de Inovação são realizadas em Campo Grande para atender a indústria nacional desde 2015 e, agora, ganha um ambiente propício para disponibiliza-las à indústria de todo o País. O espaço conta com um projeto arquitetônico arrojado, que faz jus ao propósito inovador do centro, e chama a atenção de quem passa pela avenida Afonso Pena, onde está localizado.

Com 1,2 mil m² de área construída, e estrutura do Centro de Inovação – Sistemas de Gestão em SST é distribuída em três pavimentos, e conta com dois consultórios, dois auditórios, duas salas de treinamento, uma sala de operação com 22 postos de trabalho, uma sala de inovação com 13 postos de trabalho, uma sala de gerência, uma sala de coordenador, uma sala com seis postos de trabalho e estacionamento para 18 vagas, duas para deficientes e duas para idosos. O espaço recebeu investimentos de R$ 7 milhões, entre edificação do espaço e aquisição de mobiliário.

O Centro faz parte de um projeto nacional do Sesi para aumentar a segurança no ambiente de trabalho e melhorar a saúde do trabalhador da indústria por meio de soluções inovadoras. Ao todo, foram criados oitos centros de inovação, todos voltados a desenvolver pesquisa aplicada e soluções em SST para que sejam replicadas por toda a indústria brasileira, tratando de temas estratégicos – Prevenção da Incapacidade (Bahia), Economia para a Saúde e Segurança (Ceará), Ergonomia (Minas Gerais), Longevidade e Produtividade (Paraná), Higiene Ocupacional (Rio de Janeiro), Fatores Psicossociais (Rio Grande do Sul) e Tecnologias para Saúde (Santa Catarina). 

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