2007-12-13 12:20:00
A rejeição pelo Senado, nesta madrugada, da emenda que prorrogava a CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira) pode impor "dias difíceis" para os estados e municípios, disse agora há pouco o governador André Puccinelli (PMDB).
“Ninguém em sã consciência é capaz de prever o que vai acontecer daqui para frente sem a CPMF. Vamos esperar o governo federal remanejar recurso do Orçamento para cobrir outros setores. O dinheiro tem que vir de algum lugar”, ponderou Puccinelli, durante abertura da Conferência Estadual de Educação na UCDB (Universidade Católica Dom Bosco), em Campo Grande.
O governador afirmou que a CPMF destinava R$ 250 milhões anuais para Mato Grosso do Sul. André disse que se empenhou pessoalmente para aprovar o imposto, inclusive gestionando junto à senadora Marisa Serrano, do PSDB, partido que fechou questão contra a matéria.
Votaram contra a CPMF seis senadores da base governista: Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), Geraldo Mesquita (PMDB-AC), Mão Santa (PMDB-PI), Expedito Júnior (PR-RO), Romeu Tuma (PTB-SP) e César Borges (PR-BA). O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), substituído na votação da matéria na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Casa pela líder Ideli Salvati (PT-SC), não compareceu à votação.
Com a rejeição da CPMF, o governo deixará de arrecadar, no ano que vem, R$ 40 bilhões, recursos destinados principalmente à Saúde (0,20%); Previdência Social (0,10%) e para erradicação da pobreza.(0,08%).