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quinta-feira, 28 de março de 2024

Exportação de industrializados de MS volta a crescer e já registra alta de 11% no ano

2017-10-18 10:04:00

A receita com as exportações de produtos industrializados de Mato Grosso do Sul alcançou a marca de US$ 2,19 bilhões de janeiro a setembro deste ano, o que representa um crescimento de 11% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando atingiu o patamar de US$ 1,97 bilhão, conforme levantamento do Radar Industrial da Fiems. Apenas na comparação de setembro de 2016 com setembro de 2017, a receita com a exportação de produtos industriais aumentou em 16%, saindo de US$ 246,4 milhões para US$ 286,8 milhões.

Já em relação à participação relativa, no mês, a indústria respondeu por 64% de toda a receita de exportação de Mato Grosso do Sul, enquanto no acumulado do ano, na mesma comparação, a participação ficou em 59%. Na avaliação do coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems, Ezequiel Resende, de janeiro a setembro, os principais destaques ficaram por conta dos grupos “Celulose e Papel”, “Complexo Frigorífico”, “Açúcar e Etanol”, “Extrativo Mineral”, “Óleos Vegetais”, “Couros e Peles” e “Siderurgia e Metalurgia”, que, somados, representaram 98,1% da receita total das vendas sul-mato-grossenses de produtos industriais ao exterior.

No grupo “Celulose e Papel”, os produtos exportados somaram US$ 728,9 milhões, apontando queda de 5% sobre igual período de 2016, quando as vendas atingiram US$ 764,6 milhões. “A redução está relacionada com a diminuição nas compras em importantes mercados para a celulose estadual, com destaque para a China e Itália. Quanto aos produtos, o principal destaque ficou por conta celulose, que foi responsável por US$ 697,6 milhões ou 95,7% das exportações totais do grupo”, informou Ezequiel Resende, citando como principais destinos do grupo China, Itália, Holanda, Estados Unidos e Coreia do Sul.

A receita de exportação do “Complexo Frigorífico” alcançou o equivalente a US$ 694,5 milhões, um aumento de 17% sobre igual período de 2016, quando o total ficou em US$ 595,5 milhões. “O crescimento observado se deu pelo aumento de 9% no preço médio da tonelada, que passou de US$ 2.523,45 em 2016 para US$ 2.753,16 em 2017, e pelo aumento de 7% no volume de carnes comercializadas. Outro fator importante se deve ao aumento das importações realizadas pelos Estados Unidos após a abertura de seu mercado para a carne brasileira in natura. Com isso os americanos se tornaram responsáveis por 24% da receita adicional obtida por Mato Grosso do Sul com as exportações de carne neste ano”, exemplificou o economista.

O grupo “Açúcar e Etanol” obteve receita de exportação de janeiro a setembro de 2017 equivalente a US$ 386,4 milhões, aumento de 59% sobre igual período do ano passado quando a receita foi de US$ 243,3 milhões. O coordenador da Unidade de Economia, Estudos e Pesquisas da Fiems detalha que o resultado é influenciado principalmente pelo aumento das compras realizadas por Malásia, Estônia, Egito, Iraque, Bangladesh, Geórgia, Argélia e Quênia, que somados apresentaram incremento de US$ 195,3 milhões, e pela elevação do preço médio da tonelada do açúcar de cana, único produto do grupo com registro de vendas ao exterior no acumulado deste ano.

Outros grupos

No grupo “Extrativo Mineral”, a receita de exportação acumulada de janeiro a setembro de 2017 alcançou o US$ 152,7 milhões, indicando aumento de 46% sobre o mesmo período de 2016, quando as vendas foram de US$ 104,3 milhões. “Esse aumento é fruto da alta de 101% no preço médio da tonelada do minério de manganês, que em 2017 está em US$ 143,59 contra US$ 71,46 em 2016 e pela alta de 20% no preço médio da tonelada do minério de ferro que em 2017 está em US$ 30,67 contra US$ 25,51 em 2016”, informou Ezequiel Resende.

Em relação ao grupo “Óleos Vegetais” o período de janeiro a setembro de 2017 fechou com receita equivalente a US$ 91,8 milhões, apontando queda de 24% sobre o mesmo intervalo de 2016, quando as vendas foram de US$ 120,5 milhões, tendo a Tailândia e Indonésia como principais responsáveis pela redução observada, com uma retração nas compras equivalente US$ 34,9 milhões. Quanto aos compradores, os principais até o momento são Tailândia com US$ 38,8 milhões ou 42,3%, Indonésia com US$ 21,6 milhões ou 23,5%, Holanda com US$ 9,9 milhões ou 10,8%, Coréia do Sul com US$ 8,0 milhões ou 8,7% e França com 6,3 milhões ou 6,8%.

O grupo “Couros e Peles” totalizou como receita de exportação de janeiro a setembro de 2017 o equivalente a US$ 77,1 milhões, registrando redução de 7% sobre igual período de 2016, quando as vendas foram de US$ 83 milhões. “Esse resultado é influenciado principalmente pela diminuição das compras efetuadas pela China, Vietnã e Holanda, que somados apresentaram redução de 6,4 mil. Até momento, em 2017, foram vendidas 26,9 mil toneladas, resultado 14% menor que o de 2016 quando o volume foi de 31,4 mil toneladas”, exemplificou o economista.

Encerrando, o grupo “Siderurgia e Metalurgia” fechou o período de janeiro a setembro de 2017 com receita equivalente a US$ 23,3 milhões, indicando aumento de 69% na comparação com o mesmo período de 2016, quando as vendas foram de US$ 14 milhões. O crescimento foi influenciado, principalmente, pela elevação das compras feitas pela Argentina, que proporcionou receita adicional de US$ 16,0 milhões.  

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