2007-11-19 22:18:00
Preocupada com a relação diplomática com os países vizinhos, a classe produtora de Mato Grosso do Sul encontrou uma maneira diferente para explicar a importância de concentrar as ações epidemiológicas na fronteira com o Paraguai. “A fronteira não é uma zona endêmica ou problema. A fronteira sempre tem as suas particularidades assim como portos e aeroportos. Temos que fazer dela uma área de excelência”, afirmou o presidente da Famasul (Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul), Ademar Silva Júnior.
Na época em que surgiram focos de aftosa na região Sul de Mato Grosso do Sul, a suspeita da origem do vírus recaiu sobre o Paraguai, que é considerado como área livre de aftosa. Mas para combater e manter as ações epidemiológicas, Mato Grosso do Sul precisa da ajuda do país vizinho. “O Paraguai tem se mostrado parceiro. A campanha de vacinação que se inicia vem conciliada”, diz o diretor-presidente da Iagro (Agência Estadual de Defesa Sanitária Animal e Vegetal), Roberto Bacha.
Começa nesta terça-feira (20), a vacinação contra a febre aftosa na região de fronteira. A meta é vacinar 2 milhões de animais em 16 municípios: Sete Quedas, Aral Moreira, Antonio João, Bela Vista, Caracol, Coronel Sapucaia, Eldorado, Itaquiraí, Iguatemi, Japorã, Mundo Novo, Paranhos, Ponta Porã, Porto Murtinho e Tacuru. Os trabalhos de imunização serão monitorados pelo Iagro.
Mato Grosso do Sul tem 750 quilômetros de fronteira onde funcionam 30 barreiras (entre fixas; móveis, o que inclui barreiras fluviais; e semimóveis, que são os contêineres).
