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Investir na saúde e segurança no trabalho dá retorno, diz pesquisa

2016-06-29 14:02:00

Pesquisa inédita realizada pelo Sesi Nacional junto a 500 médias e grandes empresas de todo o Brasil indicou que os investimentos em saúde e segurança no trabalho dão retorno aos negócios, já que ações para aumentar a segurança no ambiente laboral e promover a saúde de trabalhadores reduzem as faltas ao trabalho foram apontadas por 48% das empresas ouvidas, enquanto para 43,6% esses programas aumentam a produtividade no chão-de-fábrica e 34,8% apontam que essas ações reduzem custos. O levantamento, que faz parte da celebração dos 70 anos do Sesi Nacional e serão completados na próxima sexta-feira (01/07), foi divulgada nesta terça-feira (28/06).

Por esses motivos, as empresas dão grande importância ao tema. No levantamento, realizado entre outubro de 2015 e fevereiro de 2016, 71,6% das indústrias afirmaram dar alta atenção à saúde e segurança dos trabalhadores. Além disso, na visão de 76,4% dos entrevistados, o grau de atenção da indústria brasileira ao tema deve aumentar nos próximos cinco anos – para 13,2%, essa atenção deverá aumentar muito. A pesquisa mostra ainda que a alta importância dada ao tema está relacionada, sobretudo, à preocupação com o bem-estar do trabalhador, a maior conscientização das empresas e à prevenção de acidentes de trabalho.

De acordo com o diretor de operações do Sesi Nacional, Marcos Tadeu de Siqueira, essa importância dada pelas empresas ao tema se reflete na redução dos acidentes e doenças do trabalho no Brasil. Dados do Ministério do Trabalho e Previdência Social apontam que o número de acidentes de trabalho por grupo de 100 mil trabalhadores caiu mais de 17% entre 2007 e 2013 – de 1.378, em 2007, para 1.142, em 2013. “Os acidentes e doenças trazem grande variedade de despesas, desde custos médicos e indenizações aos trabalhadores e famílias até perda de produtividade e desgaste da imagem das empresas”, destacou.

A pesquisa mostra ainda que 60% das empresas dão grande importância a programas de promoção da saúde de trabalhadores, que vão além do cumprimento de requisitos legais. Entre as principais ações estão a gestão dos afastamentos por doenças, executada por 87,8% das indústrias, e o monitoramento de aspectos ergonômicos no ambiente de trabalho, feito por 84% dos empreendimentos.

Mato Grosso do Sul

Em Mato Grosso do Sul, o Sesi lançou, em outubro do ano passado, o Programa de Gestão em SST (Segurança e Saúde do Trabalho), que ajuda na busca das indústrias por caminhos para redução de custos, atuando de forma preventiva e levando orientações aos empresários. O superintendente do Sesi, Bergson Amarilla, reforça que o trabalho é preventivo, de forma a verificar eventuais necessidades de melhorias e orientar o empresário para que as faça, evitando, assim, autuações.

“Fazemos um trabalho como uma pré-auditoria de atendimento às NRs (Normas Regulamentadoras), verificando se estão conformes ou não. Cada setor tem suas normas específicas. Orientamos a empresa sobre o que fazer para ficar de acordo. É um relacionamento contínuo com a indústria”, disse Bergson Amarilla, informando que desde o ano passado até agora o Programa de Gestão SST do Sesi de Mato Grosso do Sul está atendendo em torno de 70 empresas do Estado.

Segundo a médica do trabalho e coordenadora do Programa, Adriana Sato, dentro da proposta, a atividade é desenvolvida em cinco etapas para as médias e grandes empresas: gestão dos programas SST, gestão dos atestados, gestão dos acidentes de trabalho, gestão dos afastados pelo INSS e gestão do FAP (Fator Acidentário de Prevenção)/NTEP (Nexo Técnico Epidemiológico Previdenciário).

No caso exclusivo das micro e pequenas empresas, o Programa de Gestão em SST do Sesi busca assessorar no atendimento aos requisitos legais estabelecidos nas NRs, legislação e eSocial, apontando melhorias a serem realizadas no processo produtivo e na organização do trabalho. “São muitos os itens de NRs avaliados quando ocorre a visita de um auditor. Para cada item que não estiver conforme, a multa pode variar de R$ 1.708,50 a R$ 11.981,17”, alertou Adriana Sato. 

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